quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A Base da Seleção Brasileira é Carioca

Em 2014, a seleção brasileira completará 100 anos. É de conhecimento popular que Rio de Janeiro é o estado da União com mais jogadores cedidos à seleção brasileira desde os primórdios. Também é de domínio público que o futebol carioca anda enfraquecido financeiramente após anos de bombardeios impiedosos praticados por administrações irresponsáveis, por ignóbeis como Edmundo dos Santos Silva, Kleber Leite, Eurico Miranda, David Fischel, Augusto Montenegro e, principalmente, por Eduardo Vianna, o asqueroso Caixa d’água.
Durante esta agradável tarde de terça-feira, enquanto do meu aconchegante sofá eu acompanhava o selecionado nacional currar o italiano, pensei o seguinte: ora, mesmo com semelhantes atrocidades cometidas -- que seriam suficientes para determinar estado de insolvência nos clubes -- o futebol da capital cultural do país permanece ostentando o status de maior prestador de serviços à seleção nacional. E com sobras, inclusive, em relação àquela gentalha do outro Rio... o Tietê.
Do time canarinho que estuprou os fascistas ontem, quatro rubro-negros figuraram entre os selecionáveis: Julião César, Juan, Felipe Melo e Adriano. O tricolor Marcelo completou o quinteto carioca. Todos revelados por clubes da eterna capital da república.
É claro que como rubro-negro, orgulha-me ver o nível de excelência em que atua o goleiro Júlio Cesar, que é seguramente o melhor goleiro do mundo na atualidade. Tivemos também o Juan, que é melhor zagueiro do mundo há pelo menos dois anos; o Adriano, que mal consegue correr, extremamente pesado e cheio de problemas pessoais na mente; e... Felipe Melo.
Comentei com um amigo, após o corretivo futebolístico aplicado pelos brasileiros, sobre a atuação de Felipe Melo na seleção. Quem diria que Felipe Melo chegaria um dia à seleção brasileira após o famoso episódio do Hotel Windsor, em 2002, na Barra da Tijuca, em que de maneira desequilibrada e portando uma faca a la Chucky, correu atrás de um torcedor após desentendimento, fato publicado em vários jornais à época. E mais que isso, que faria grande partida como titular num Brasil x Itália em Londres.
Ponderei, logo em seguida, que, na realidade, não chega a ser tão surpreendente o fato, visto que, até sujeitos extremamente condenáveis, com morte nas costas após acidentes automobilísticos, chegam à seleção nacional. Foi uma partida soberba do Felipe Melo, mas não supreendente para quem o acompanha no Calcio, atuando pela Fiorentina.

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