terça-feira, 10 de março de 2009

Guerreiros da Colina

Após toda a palhaçada do Caso Jéferson que deixou o Vasco de fora das semi-finais da Taça GB, o Gigante da Colina voltou com ainda mais força para o segundo turno do Camp. Carioca. Muita raça, muito futebol e dá-lhe goleada!

Os caras entraram em campo com o sangue fervendo, cheios de vontade de provar pra quem ainda tem dúvidas que o Vasco vem com tudo pra conquistar a Taça Rio.

Carlos Alberto é um guerreiro por natureza, tem visão de jogo, dribla, corre e faz gols. Foi o destaque da partida, digo isso não pelo gol que ele fez, mas pela linda jogada pela direita que resultou no segundo gol, uma arrancada sem limites, sofreu pênalti, juiz não marcou, se levantou, driblou, chutou, só faltou entrar, mas Élton tava lá pra matar o rebote.

Falando em Élton, preciso voltar naquele post de aproximadamente um mês atrás, quando ele jogou pela primeira vez, e mudou a cara do Vascão, desde lá ele se tornou titular absoluto e a arma não mais secreta do Dorival. Não é pra menos, o cara corre muito, sabe driblar e tem um chute forte e preciso. Se procurar Élton nos vídeos da globo.com, as manchetes são: "Élton faz linda jogada", "Brilhante jogada de Élton", "Élton dribla o goleiro e marca" e por aí vai.

Seria injusto da minha parte, dizer que a melhor contratação do Vasco foi o Carlos Alberto, ou Nílton, como muitos pensam. Mas analisando bem, por trás desse grupo forte, raçudo e guerreiro, temos um treinador firme, inteligente e nunca satisfeito com vitórias, por mais que sejam goleadas. E é graças a esse técnico que o grupo está bem montado, armado e pronto pra batalha. Valeu DJ!

Eu confesso, apostei todas minhas fichas no Pimpão no início do Campeonato, assim como muitos que estão lendo este texto, e o garoto desapontou os corações Vascaínos, ou talvez tenhamos esperado demais dele. Mas fato é que esse período que o Vasco ficou sem jogar, Ivan Izzo, treinava por horas as finalizações do Pimpão.
Resultado: "Bora Pimpão, chuta Pimpão, CHUTA PIMPÃO, GOOOOOOOOOOL!!!"
Num é que deu certo! Vamo ver se continua assim nos próximos jogos e se ele recupera a vaga dele.

Quinta é dia de clássico no Maraca, nosso amiguinhos chorões vão finalmente enfrentar um time de verdade, porque time que perde pro Resende e time ganha do Mesquita no sufoco pra mim nem contam.

E o Sentimento não pára Nunca!

Noite Animal


Vou começar essa postagem pedindo perdão a todos os meus leitores fiéis, que devem ser uns três, por ter dito no texto anterior que o Victor Simões é o verdadeiro tigre do Carioquinha. Que tigre que nada! O negócio é PANTERA! Das mais ferozes.

Os tigrinhos de ontem até que se armaram bem para defesa, mas felino que é felino, ataca. Aí ficou bem claro que esse tigrinho mexicano estacionado no meio do mato de Xerém só podia ser paraguaio. Os estreantes da série A do Carioquinha não agüentaram o tranco, apesar de terem resistido por 38 minutos, quando a fera Juninho mandou um balaço lá do meio da rua direto pro gol.

E a noite seguiu selvagem, com um gol envenenado do Pitbull do Rio, que comemorou em homenagem a Pantera original, Donizete. Valeu pra mostrar aos tigrinhos que precisariam de uma marcação mais cerrada que aquela pra deter o feroz Victor Simões.

A surpresa da noite foi o garoto Gabriel, de 20 anos, e nenhum jogo profissional na carreira. Entrou, marcou. Uma bomba da porta da área sem chances pro goleiro tigrinho. E, claro, não poderia deixar de citar o Ensaboado. Mesmo não marcando, o Maicosuel esteve presente em quase todos os lances de perigo do Botafogo, entre outras várias jogadas de criatividade no meio campo. Em mais um momento de inspiração, esse desequilibrou.

E se um desequilibra pra um lado, haveria de ter quem desequilibrasse pro outro. Nesse caso não foi exatamente nenhum jogador dos tigrinhos, mas sim um lateral alvinegro que resolveu inaugurar ontem no estádio Los Larios a Avenida Alessandro, que vinha com uma placa “Tráfego tranqüilo pela direita”. E foi assim que, no segundo jogo seguido, o Alessandro conseguiu facilitar milhares de jogadas pelo seu lado.

Levamos ainda dois gols, o primeiro, no início do segundo tempo, entregue pela zaga. O outro, nos acréscimos, marcado pelo ancião Sorato. O apito final confirmou 3x2, três pontinhos pra conta do Fogão e uma pitada de vontade de matar esse campeonato sem dar chances paras as finais.

Quinta-feira enfrentaremos a Galera do Bacalhau lá no Maracanã, e precisaremos corrigir alguns erros pra sairmos de lá vitoriosos, como bem disseram o Ney e outras lideranças do elenco. Ao menos as dimensões do Maraca nos favorecem. Então aguardo vocês por lá!

Saudações Gloriosas!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Esperando por Fred e Parreira


Prezadíssimos compatriotas da nação tricolor, aquela da população seleta – selecionada, individualmente, de todos os estratos sociais, pela capacidade humana de evolução mental.

O jogo de domingo reflete um interessantíssimo quadro para observarmos e nos alegrarmos em face do futuro próximo. A partida, totalmente sem emoções (a não ser a angústia eterna pela espera do gol), foi facilmente dominada pela nossa equipe. Os pequenos lapsos foram pequenos demais e seguramente contornados.

Então, por que o Fluminense só fez gol aos 45 do segundo tempo? Por que foi tão longa a espera por essa chance clara? Por que nossas jogadas terminavam na intermediária adversária? Por que os laterais chegavam à linha de fundo e cruzavam para simples cortes da defesa adversária?

Um nome: Fred. Por mais que se movimente, Everton Santos não causa grande impacto na defesa adversária. Estou falando daquele impacto que antecede o próprio jogo. Aquele medo que acomete os zagueiros na noite anterior, que não os deixa dormir. Os calafrios que nossos rivais vão sentir a cada partida, assim que tivermos nossa grande contratação em campo.

***

Perdoem-me, mas eu não poderia, meus caros, deixar de abrir um singelo espaço para o grande acontecimento esportivo do fim de semana: o gol de Ronaldinho. O Ronaldinho, reserva constante na copa de 94. O Ronaldinho, que deixou o Brasil todo aflito em 98. O Ronaldinho, o grande nome da Copa de 2002, que sempre deu novas esperanças para esse povo tão intimamente ligado ao futebol – esse veneno-remédio que provoca a febre e o riso.

Para resumir ao sublime essencial, limo as duas brilhantes jogadas que o antecederam e descrevo o fatídico gol, deixando a cena explicar-se:

Duas jogadas que deixariam nosso personagem na cara do gol falham, resultando um escanteio. No tiro de canto, Douglas faz a bola cruzar quase toda a extensão da área. Dentro da área, os defensores palmeirenses estão em polvorosa, mas, repentinamente, estancam – olhando na direção do temido. Havia um Marcão à sua frente, o arqueiro assustado no meio da meta e outro defensor posicionado na linha do gol. No momento da conclusão, Marcão cai; os jogadores arregalam os olhos, sensitivos; o goleiro, incrédulo, só ensaia uma defesa; e o jogador que poderia fazer o corte providencial não se move, como se uma força extraterrena o prendesse ao gramado.

Luxemburgo acusou o árbitro, dizendo que ele gostaria de ver o gol de Ronaldinho. Ei, Luxemburgo, todo mundo queria ver.

domingo, 8 de março de 2009

NBB e Taça Rio

O futebol rubro-negro continua atuando de maneira atabalhoada e sem convencer. O time permanece, a meu ver, preparando-se meticulosamente para morrer novamente na praia, fato que tem caracterizado esse grupo nos últimos tempos.

O volante Williams e o lateral direito Everton Silva são os únicos mencionáveis nessa trupe. Aliás, eu se fosse o Williams enfiaria a porrada em metade do time hoje. Especialmente na dupla Juan e Zé Roberto. O neguinho teve de correr dobrado para corrigir as merdas feitas pelos meliantes citados. É o único que tem dado gosto de ver trajar o Manto Sagrado de Zico, Júnior e Zizinho. É o exemplo mais bem acabado do jogador que rende em campo cada centavo investido (ainda que o nosso bravo jogador não tenha visto um mísero centavo até agora no clube, uma rotunda vergonha, o que amplia definitivamente os seus méritos).

Já o beque Wellington, de apenas 20 anos, teve atuação surpreendente. Portou-se à altura do nosso intimorato capitão e comprovou as suspeitas levantadas: é amplamente superior ao atrapalhado Thiago Salles. Ganhamos, portanto, um bom reserva (não sou fã da atual base do clube, por isso me surpreendi).

Léo Moura participou dos três gols atuando como... lateral! Fato curioso. O moicano precisou se deslocar até a meiuca para fazer jogadas pelos flancos. Intrigante. Enfim, fez finalmente (após meses) uma partida razoável. Ibson não jogou nada, não vem jogando nada. Foi um gol exemplar (principalmente para os atacantes), mas o jogador não vale os 4 milhões de euros que exigem pelo seu passe. No máximo dois, e olhe lá.

Enquanto as mudanças inevitáveis e radicais não ocorrem no departamento de futebol e no gabinete presidencial do clube, permaneçamos a aturar essa rotunda podridão que a paixão nos obriga a chamar de “ataque do Flamengo”. É triste ver um Josiel perder um gol inacreditável fronte a fronte àquele generosíssimo espaço medindo 7,32m x 2,44m no primeiro tempo, e na segunda etapa SER OBRIGADO a ouvir a parte abastardada da torcida gritar "Obina! Obina!". Confesso que fico deprimido, é humanamente impossível não ficar.



Esses honram o Manto!


Não poderia passar mais um post sem destacar o único motivo de orgulho atualmente dentre os esportes coletivos do clube: o basquete. O time elencado por Marcelinho, Duda, Baby, Coloneze, Helinho e cia é "somente" o atual campeão brasileiro, vice-campeão sulamericano, atual líder da NBB e está no final four (semifinal) da liga sulamericana de basquete. É quase imbatível. Diante de tantos predicados apresentados em favor do basquete rubro-negro, presume-se que esse time seja o “aí, Jesus” (o favorito) da diretoria do clube e que receba merecidas honras por vir erguendo o nome do clube nacional e internacionalmente desde o ano passado. Ledo engano.

O time se apresentou para a batalha ontem trajando uma camisa preta escrita “respeito”, num claro protesto contra a diretoria do clube. Acredite, esses jogadores não recebem um centavo há 4 meses. Isso mesmo. Os atuais campeões e líderes da liga nacional de basquete (NBB) estão há 4 meses sem receber. Uma vergonha. O saudoso e eterno Gilberto Cardoso - presidente rubro-negro que sofreu um infarto e faleceu após a cesta do título rubro-negro do estadual de basquete de 1955, no último segundo da partida - sacode-se na tumba diante de tamanha vergonha.

sábado, 7 de março de 2009

Carlos Alberto Parreira: Fluminense



Tricolores daqui e de muito além, ontem o Fluminense realizou um dos grandes passos para alcançar a tão sonhada estrutura de primeira. Fechamos com um treinador – ou melhor, um velho amigo nosso, que nos ajudou nos piores momentos de agonia – que funcionará como uma peça de reorganização para o clube, dentro e fora das quatro linhas.

Este é o momento, meus amigos, de criarmos uma plataforma capaz de nos lançar aos mais altos voos futuros. Afinal, já anunciou nosso aclamadíssimo Alexandre Faria – aquele que recusou esta semana uma proposta do Corinthians – que a prioridade agora é um Centro de Treinamentos digno.

Hoje, o Fluminense tem alguns dos principais jogadores do futebol brasileiro, um dos principais jogadores do futebol argentino e um técnico que já faz parte da história do futebol mundial. Quase todas as peças estão em jogo. Digo quase, pois nosso saudoso Celso Barros ainda promete três contratações para maio. Que o Fluminense saiba trabalhar com seriedade, sem vãs filosofias toscas, e as glórias serão nossas.

Alerto nossa nação para um fato, apenas: precisamos ter paciência. É, tricolores, não vai ser de uma hora para a outra que se vai criar uma liga forte – que hoje inexiste – entre os setores do nosso time. Nós, mais do que ninguém, conhecemos o modo Carlos Alberto Parreira de trabalhar. Por isso, digo que, se o Carioca vier, será um mero detalhe; pois nosso foco é bem maior.

Cobremos dos jogadores com da maneira mais sensata possível. Não vamos destruir um sonho que vem se construindo no plano concreto. Que cada jogador receba o apoio e a cobrança no grau correto. Exemplo disso é Darío Conca, um de nossos principais articuladores, quase ganhando status de ídolo. Imaginem-se, meus caros, na Argentina, longe de nossas maravilhas naturais e culturais, distantes de nosso idioma, de nossos amigos, de nossa família. Darío Conca precisa de apoio!

"Aceito esse desafio pelo Fluminense. Sua grandeza, seu real propósito de se reorganizar, de comprovar que não há qualquer mácula na história em chegar a essa condição desde que haja espírito para lutar e melhorar. Não faria isso por mais clube algum." – anuncia Carlos Alberto Parreira ao tomar o posto de treinador no momento mais difícil da história do clube.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Botafogo e Brasília: Tudo a Ver


Toda vez que o Botafogo vem a Brasília é uma festa. Treino aberto com milhares de torcedores fanáticos, recepção no aeroporto, tarde de autógrafos, estádio lotado... Claro, não haveria como ser de outro jeito, já que a Capital Federal é a primeira cidade com maior contingente de Torcedores Gloriosos fora do Rio de Janeiro. Logo, se a festa foi bonita ontem, não há nenhuma novidade nisso, a massa alvinegra brasiliense só estava fazendo o que já faz por costume.

Então, para enfrentar o Time dos Bombeiros, nos reunimos na belíssima casa do Gama (que hoje chega a 3ª divisão do Campeonato Brasileiro com um estádio que já recebeu a Seleção Brasileira e uma final de Brasileirão) e não vimos nem sombra daquela digníssima apresentação de julho de 2007 – última vez que o Botafogo jogou na cidade, contra o Atlético Paranaense. É, bons tempos aqueles em que éramos favoritos ao título nacional. Mas ontem entramos em campo como os Campeões da Taça Guanabara, e o jogo foi bem aquém do que esperávamos.

Atuações tímidas, muitos passes errados, jogo morno. O Alessandro fez o que há tempos não conseguia: ser um grande peso morto em campo. Parece que o Maicosuel não encontrou sabão em Brasília e, enfim, ninguém estava muito inspirado e quem foi ao estádio esperando uma sacolada, se decepcionou. O que importa mesmo é que, independente da qualidade do jogo, o Botafogo alcançou o seu objetivo. 2x0 e Dom Pedro Bandeirante eliminado da Copa do Brasil.

Se o espetáculo em campo estava apagado, o brilho das arquibancadas compensou. A torcida cantou o jogo inteiro. Fez homenagens ao Guerreiro Leandro, ao Fahel e, claro, a nossa Muralha Juvenil. E fechou o jogo aos gritos de “Vice é o Cuca”. Os Torcedores Gloriosos voltaram para suas casas bradando “Foooogo” e empunhando honrosamente suas bandeiras, à espera da próxima vez que a Estrela Solitária se apresentará na cidade. Sou suspeita para falar, mas, por mim, o Botafogo mandaria um jogo em Brasília por ano.

A próxima vítima na Copa do Brasil será o Americano, mas antes disso teremos que cumprir tabela pelo Carioquinha. O Reinaldo levou a mão à coxa ontem no fim do jogo e não deve jogar a próxima partida, mas parece que o único tigre de verdade do campeonato, o Victor Simões, já está de volta.

No mais, parabéns, Brasília . Parabéns, Torcida Gloriosa. E parabéns, Botafogo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Pitacos sobre a incursão disciplinadora do Flamengão em Terra Brasilis

Admito que tenho encontrado pouca inspiração para emitir analises e crônicas sobre as partidas do Maior da Terra. Tem sido cansativo e desanimador enxergar o clube na estaca zero da topografia do reerguimento rubro-negro após anos de aparente melhora.

O Flamengo pagou somente ontem, dia 4 de março, o salário referente ao mês de dezembro. Resta quitar o décimo terceiro salário e o mês de janeiro (fora as luvas). Isso cinco anos após Márcio Braga assumir discursando sobre “austeridade financeira”.

Deixo acima manifesto o meu descontentamento com os presentes controladores do clube, mas não poderia deixar evidentemente de mencionar a senhora surra de pau-mole aplicada ontem pelo Mengão O Destruidor Compre Já e Receba Também o DVD Rambo IV. De volta à Copa em que detém absolutamente todos os recordes de vitórias e de gols marcados, o bicampeão Mengão viu-se obrigado a viajar aprox. 1.440 km e defrontar-se com uma agremiação inofensiva e microscópica de apenas 3 anos de idade: o Ivinhema.

A mim surpreende que o Flamengo tenha estreado assim, metendo o pé na porta, aplicando furiosamente os seus dotes longilíneos catramelianos no inofensivo adversário mato-grossense e diante de um estádio repleto de rubro-negros cônscios da sua intransferível superioridade genética e histórica.

Mas de todo modo, não façamos igual um certo clube fez no domingo. Tenhamos a consciência de que não batemos de ninguém e nada de maiores fanfarras. Uma vez que o senhor Alexis Stival anunciou para todos ontem o seu mais novo delírio: utilizar Leonardo Moura como armador da equipe. Portanto, baixemos a bola e permaneçamos em total estado de alerta.


Libertadores

Como foi bom ver os arrombados palmeirenses serem peremptoriamente entrolhados pelos primitivos andinos do Colo-Colo em pleno chiqueirão insalubre do Parque Antártica. Foi lindo. A agremiação de origem fascista está jogando literalmente no lixo uma vaga que jamais mereceram conquistar. Se os jogadores rubro-negros não mereceram a vaga por suas inúmeras demonstrações de pusilanimidade na reta final do brasileirão, o Palmeiras se classificou em nosso lugar por UM mísero ponto depois de ser estupidamente derrotado em casa pelo Botafogo na última rodada. Será ótimo ver também a venal imprensa paulista tendo de recolher-se a insignificância dos timecos que tanto defendem em seus pasquins de quinta categoria.


Rede Globo, Once Again

Pra finalizar, preciso registrar o aborrecimento pelo qual a rede globo de televisão fez passar 40 milhões de torcedores durante a transmissão do jogo de ontem. Já estava meio tonto e grogue (não de cachaça, mas pelo entorpecente visual que emanava a TV) quando me pus a questionar que interesse teria a imaculada Torcida do Flamengo em ver flashes do jogo do time da população carcerária de São Paulo, o curintcha. E muito pior: que torcedor do rubro-negro neste planeta estando em pleno gozo da sua saúde mental teria interesse em ver o retorno aos gramados do desprezível e asqueroso amante da Andréia.

Incrível mesmo foi como o tricolor Luis Roberto, com seu jeito esquisitão de maquiador do projac, saltitava a anunciar o retorno do igualmente escroto travecômeno ao certame esportivo. Sinceramente não entendi o motivo da alegria. Que a globo (com minuscula mesmo) pretendeu com essa merda? O pior é que nem acionar a tecla mute no controle remoto resultou em algo. A todo o momento surgia aquela figura quasimodesca de camisa branca se arrastando dolorosamente pela tela tal qual um caracol ou uma pedra de açúcar se locomovendo com o auxilio do lombo de uma tartaruga. Porra, fosse para anunciar uma fratura ou um novo rompimento dos ligamentos dos joelhos do mencionado traíra, ahh aí realmente seria de interesse geral da nação e assevero que não haveria quaisquer reclamações. Foi realmente lamentável, nojento.

segunda-feira, 2 de março de 2009

É Campeão!


Salve Nação Alvinegra! Salve Torcedores Gloriosos! Salve todo e qualquer feliz torcedor da Estrela Solitária, que há quatro anos consecutivos põe seu nome na final do nosso carioquinha! Essa história já está bem manjada, acho que deveriam cancelar um dos turnos e ceder educadamente a vaga na final àquele que sempre marca presença, o nosso Glorioso.

Se os nossos Amiguinhos do Pó-de-Arroz se exaltaram nos comentários do meu último texto, bateram o pé e rodaram a bolsinha pra gritar em agudo e bom som que são maiores do que nós, acho que os mais de 75 mil presentes no Maracanã nesse domingo foram a resposta. E como uma tricolete bem disse, no comentário mais sensato da postagem: “Contra fatos, não há argumentos”.

Mas voltemos ao assunto principal: O Campeão da Taça Guanabara. O jogo de ontem pode ser resumido como “O dia que todo mundo que nunca joga resolveu jogar”. Reinaldo, que não acerta uma, abriu o placar. O Juninho, que estava meio apagado, lembrou os velhos tempos, atuando inclusive de garçom no gol do Lucas Silva. Pois é, ele mesmo! Até o fantasminha - aquele que você passa o jogo inteiro procurando em campo e não acha - fez o seu. E com toda classe, com direito a drible no arqueiro adversário. Claro, além da torcida que deixou a desejar o campeonato inteiro e, finalmente, resolveu dar as caras. Muitas caras por sinal. Uma festa bonita, toda em preto e branco, de deixar qualquer alvinegro com os olhos levemente marejados e o coração explodindo em euforia.

Não posso me esquecer de mencionar as figurinhas que deram show o campeonato inteiro e ontem não poderia ter sido diferente. Mais uma vez, a nossa Muralha Juvenil bravamente fechou o gol alvinegro, conquistando o seu primeiro título profissional. É, o moleque tem tudo pra ser o melhor goleiro do Brasil. Leandro, O Guerreiro, para que mais definições? Esse daí merece uma alcunha bem grega, no maior estilo espartano. O ensaboado Maicosuel deve ter queimado metade dos neurônios, e da paciência, da zaga do Resende. Esse daí deitou, rolou, ‘desrolou’ e mais um pouco. E, está bem, incluirei o Reinaldo nessa lista. Apesar de ele estar devendo um muito no saldo de gols, até que ele faz a diferença naquela ligação do meio com o ataque.

Mas parabéns a todos os nossos jogadores que conquistaram esse caneco, que participaram do campeonato e de algum modo fizeram a diferença. Esse time chama-se superação. A simplicidade do elenco, a falta de estrelismo, a união e o foco dessa equipe venceram a prepotência de rivais com uns nomes mais conhecidos no elenco e uma conta bancária mais recheada. Parabéns também ao Ney, que soube organizar essa humilde equipe, mesmo com o seu esquema retranqueiro – quando vejo mil zagueiros acompanhados de mil volantes em campo, eu quase me sinto torcedora do São Paulo, adepta do futebol de resultado – mas que na prática não se mostrou tão defensivo assim. Parabéns ao melhor ataque do Rio.

Saudações Alvinegras!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Entre a Partida e a Chegada


Caríssimos tricolores de glórias e agonias, a quarta-feira passada, última do mês de fevereiro – a quarta-feira de cinzas fúnebre em que desemboca todo carnaval – foi qualquer coisa de esquecível para nossa memória. Contudo, faço questão de dar relevo a algumas observações necessárias para nosso desenvolvimento ao longo do ano.

O Fluminense possui uma equipe formada por jogadores, categoricamente, de causar inveja aos adversários e de dar orgulho aos torcedores. Embora isso seja inquestionável, a postura em campo tem sido bastante diversa da esperada. A propósito, mesmo nas arquibancadas não se ouvem os gritos de apoio capazes de empurrar-nos a vitórias memoráveis como as testemunhadas na última Libertadores.

Comportamento da torcida à parte, temos que tentar, mesmo que pareça impossível, entender o posicionamento tático do time. A ordem parece ser, estranhamente, que os laterais ataquem desordenadamente, que os volantes não os cubram, que os meias fiquem apagados à margem do campo, que o atacante volte à nossa intermediária buscar a bola para sair correndo desesperadamente, e que o centroavante descanse em paz. Esse ponto, caros amigos tricolores, tange, inevitavelmente, o papel do treinador. Cabe a este, naturalmente, determinar um padrão de jogo adequado ao elenco.

Apesar disso, não me assusto com o início de temporada medíocre que vamos apresentando. É o peso que geralmente se paga quando o planejamento não visa a resultados rápidos e rasteiros (como o fraquíssimo campeonato estadual). Lembremos, ainda, que o elenco está incompleto.

Isso posto, vamos nos divertir um pouco com a situação dos coitados botafoguenses. O time da cachorrada vive de perseguir, com raro sucesso, o título estadual – sem, sequer, sonhar com voos mais altos. O aparente bom começo de temporada que eles realizam é conhecidíssimo. Desde que subiram ao grupo A do Brasileirão eles teimam em acreditar nesse fogo de palha. Nesse vai e vem, perdemos para os coitados algumas vezes, mas sem que isso prejudicasse campanhas gloriosíssimas como as de 2007 e 2008.

O Botafogo prova, a cada ano, ser um time de partida – jamais de chegada. A partida, meus prezados, pode ser a Taça Guanabara (ou até o Carioca inteiro, apesar de termos sérias chances na Taça Rio) – afinal, o primeiro turno tem ficado mesmo nas mãos de equipes menores. Mas o resto da temporada pode ser nosso, basta trabalhar com a seriedade e humildade de quem reconhece a fidalguia nas pequenas atitudes coletivas.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Cliente Bom é Cliente Fiel

Saudações alvinegras a todos os torcedores Gloriosos, os remanescentes, os únicos dos Gigantes que chegaram à final da Taça Guanabara. É, Amigos da Estrela Solitária, somos nós mais uma vez, rumo à final do Carioca, só falta um passo agora.

Quanto ao jogo de ontem, já perdeu a graça comentar sobre o nosso mais atual e fiel freguês. A cada dia que passa, os Amigos do Pó-de-Arroz recolhem-se mais à sua pequenez e não conseguem se aproximar sequer do título carioca, que eles tanto se vangloriam por contabilizar trinta troféus. Ok, a gente ri e não discute. Afinal, se não tem outro título, vai esse mesmo, né?

O fato é que vencer o Fluminense não tem mais graça por duas razões: a primeira é que não é mais novidade; a segunda é que você não encontra um torcedor desse time pelas ruas pra poder fazer um gracejo. Torcedor do Fluminense há muito foi noticiado como lenda urbana.

Está bem, eu vou comentar alguns destaques do jogo. O primeiro se chama Fahel. Certa vez disse que esse rapaz merecia sua vaga no time titular, agora direi apenas que ele está entre as três melhores contratações da temporada. Ele simplesmente definiu o jogo. Claro que o Maicosuel construiu ótimas investidas, mas não fez gol. Claro que o Reinaldo teve várias chances de gol, mas perdeu todas (novidade). Claro que a nossa Muralha Juvenil salvou a pátria, mas isso só nos garantiria um 0x0. Fahel fez o gol, Fahel nos levou pra final da Taça Guanabara. Todos os meus agradecimentos e congratulações do texto de hoje vão para esse rapaz.

O outro destaque atende pelo nome de Péricles Bassols, o árbitro da partida. Num campeonato marcado pelos erros de arbitragem, esse senhor conseguiu apitar decentemente, do início ao fim, um clássico que valeu vaga na final do turno. E eu não estou falando “Ele cometeu só uns erros desimportantes, que não afetaram no jogo”. Não é isso! É que eu não me recordo de um lance duvidoso, de uma falta invertida, para nenhum dos dois lados. E se alguém tiver reparado, por favor, aponte-me. Só me lembro de duas vezes, ainda no início da partida, em que o mau-caráter do Leandro Amaral tentou ludibriá-lo se jogando descaradamente, mas, bem posicionado no lance, assim como noutros vários, ele tomou a decisão certa.

Um bom jogo, com uma emoçãozinha de fazer o coração bater mais forte nos minutos finais. E agora é final, contra o pequeno Resende. Façamos como o Juninho, deixemos a modéstia de lado, assumamos nossa posição de favoritos. Somos favoritos, sim. E vamos com tudo nesse domingo pra assinalar o nosso nome na final do campeonato. Até lá, botafoguenses!