sábado, 31 de janeiro de 2009

Quando o Juiz Decidiu


E, finalmente, a banda tocou nos acordes corretos! Devemos, contudo, observar todo o jogo, sobretudo o início, que foi crucial. Vocês devem estar se perguntando como um começo de partida tão perdido pode ter sido importante para um resultado que se fez, brilhantemente, nos vinte minutos finais.

É simples: o Fluminense entrou, mais uma vez, com Wellington Monteiro e Roger entre os titulares; e também houve, como a grande novidade, Fabinho. Com essa escalação, o time estava, novamente fadado à mediocridade. As notas do jogo pareciam as mesmas, até que chegou à ribalta o aclamadíssimo Luiz Antônio Silva dos Santos.

Num lance de infração explícita, pelo qual o zagueiro do Resende merecia a expulsão, ele conseguiu marcar um escanteio inexistente (com o brilhante auxílio do bandeirinha) e dar um providencial cartão amarelo ao nosso amado reclamão da camisa cinco. Noutro momento que viverá para sempre em nossas memórias, pois foi o instante em que o time começou a deslanchar no campeonato, o saudosíssimo árbitro expulsou o jogador amarelado na primeira situação – sendo que a falta, bem pouco amarelável, foi, inicialmente, cometida pelo lateral Leandro (em partida de bom nível, diga-se de passagem). Com esse empecilho a menos, os demais jogadores começaram a dar aquele extra que valeu os gols.

Faltava, contudo, a escalada final: a saída do fenômeno Wellington Monteiro, cuja chegada e titularidade são, até hoje, inexplicáveis. Saiu o pária e entrou Maicon, autor do nosso segundo gol. Peço perdão, amigo tricolor, por não comentar devidamente os três gols, mas eles se explicam por si: Luiz Alberto, nosso capitão, abre o placar em lance inspirado, um chute com a precisão e a força necessárias numa jogada conturbada; Tartá avança pela esquerda, dribla, cruza nos pés de Roger (ai, se fosse o Leandro Amaral) que, na marca do pênalti, chuta para a defesa do goleiro Cléber, que vai aos pés de Maicon, pronto para ampliar; e, por último, Leandro Bomfim encerra sua partida intocável com uma cobrança de falta mais intocável ainda.

Não tomei ciência de Resende. E hoje, inacreditavelmente, eu louvo um enorme erro do juiz: o que parecia ser uma derrota justificável tornou-se uma vitória irrepreensível. “Vence o Fluminense”!

Próximo?!

Mais um jogo, mais um Show!

Cada vez me impressiono mais com o time do Vasco, quando disse que esse time ia render, acertei! O Vascão mostra sua nova cara a cada jogo, um time com muita técnica e que embora o entrosamento ainda não esteja no nível ideal, já está dando pra meter goleadas nos pequenos.

Confesso que nem sei por onde começar. Pelos incríveis lances de Nílton e seu gol pra fechar com chave de ouro? Ou simplesmente pelos dois gols de Carlos Alberto sendo um criado por ele mesmo?

O primeiro gol foi graças a uma bagunça danada da defesa do Duque, mas não tem como deixar de elogiar a visão de jogo do Carlos Alberto e Alex Teixeira, juntos fizeram a jogada que saiu no primeiro gol.

No segundo, que lindo contrataque, AT roubou uma bola no alto, dominou no peito, deu uma arrancada se livrando de dois marcadores e lançou pra Rodrigo Pimpão, a bola desviou no jogador do Caxias e Pimpão correu pra driblar o goleiro, que sem alternativas, fez o penâlti. Quem bate? O craque, Carlos Alberto não desperdiçou, seu segundo gol na partida (Aliás, que bela cobrança, hein?!).

Tá... Não me esqueci, o Duque fez seu golzinho numa lambança que começou no Pimpão e terminou com Amaral furando dentro da área. Claro, o que esperavam do Amaral? Falando nele, esses dias sonhei que ele roubou uma bola do Obina, saiu driblando o time do Flamengo todinho e chutou pro gol de cobertura, acordei antes da bola entrar ¬¬'

Paulo Sérgio, esse cara tem o dom de cruzar na cabeça do Nilton(já esse tem o dom de fazer gol de cabeça), aos 22, Paulo Sérgio viu Nilton livre numa cobrança de falta, 3 a 1 pro Vascão.

Não gosto de falar dos que entraram no segundo tempo, pois é muito pouco tempo pra analisá-los, mas não posso deixar de falar do Élton, ele entrou no lugar do Pimpão com muita vontade, correndo muito, quase fez um gol e quase deu um passe pra Faioli fazer outro. Ainda quero escrever mais sobre esse cara.

E que venha o Resende! Carlos Alberto tomou um cartão amarelo (creio que de propósito) e está fora do próximo jogo (antes contra o Resende do que contra o Flu no Domingo que vem).

Agora quero a opinião de vocês, quem foi o melhor e o pior jogador da partida?
Respondam nos comentários.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Necessário, Somente o Necessário

Jogadores novos, time novo, postura nova!

Salve salve, Gloriosos! Se em 2007 fomos apontados como o time do futebol bonito, 2009 chegou para ser o oposto. Não, alvinegros, não estou dizendo que o time jogou feio, o time jogou o que tinha pra jogar. 2009 começou com um futebol necessário, e nada além disso. Zagueiro é zagueiro, atacante é atacante, e lateral é lateral. Cada um cumprindo a sua função sem se arriscar muito no setor alheio. Claro que isso é o reflexo de um time prematuro, com uma equipe repleta de estreantes e pouco entrosamento.

Engana-se, porém, quem leu até aqui acreditando que isso é uma crítica. Que crítica que nada! É esse o comportamento que o Botafogo deve ter na Taça Guanabara, que nada mais é que uma extensão da pré-temporada. E o bom mesmo é ver que a postura simples tem trazido resultados. Simples também, mas que valem 3 pontos como qualquer outro 7x0 de um passado não tão distante. A verdade, botafoguenses, é que prefiro me satisfazer com uma razoável atuação do Vitor Simões a me iludir com um show de um tal Wellington Paulista – que o Cruzeiro não faça proveito.

Sobre o 1x0 desse sábado, não há muito a ser dito. Fomos lá e fizemos nossa obrigação. Jogamos conforme nos permitiram nossas condições de estreantes. Condições limitadas, sim, mas não ruins. O toque de bola do primeiro tempo foi objetivo, e se erramos muito no segundo, é porque falta treino, ritmo de jogo. O esquema funcionou, embora tenha achado extremamente covarde da parte do Ney recuar o time na segunda etapa. Não venham me dizer que ele adiantou o Lucas Silva! O rapaz não consegue fazer o mesmo trabalho do Maicosuel, que teve de se virar um pouco como atacante com a saída do Diego.

Se há algo realmente preocupante nesse time do Botafogo o nome é “lateral esquerda”. O Eduardo naquela posição é algo que todos devemos temer! Essa filhadaputagem de subir e esquecer o caminho de volta é um aviso sombrio do que pode nos acontecer quando, num campeonato decente, enfrentarmos um time com um nome melhor que “Macaé”.
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Destaques:

Não poderia deixar de dizer que minha língua está pegando fogo depois da atuação do Alessandro, um coitado que xingo inexoravelmente desde que chegou ao Botafogo. Ontem não deve ter havido um nome mais mencionado que o dele pelos locutores. É evidente a melhora, e inacreditável quando lembro que ele mais parecia uma lesma se arrastando pela direita há pouco tempo atrás.

Renan também merece condecorações pelas excelentes defesas na partida. O resultado realmente poderia ter sido outro se não fosse ele. O menino fechou com tudo o gol alvinegro e merece muito mais que parabéns. Esse moleque tem tudo para gravar o nome não só no futebol do Rio, mas do Brasil.

Considerações sobre Bangu x Flamengo

* Antes de mais nada, é necessário lembrar que em qualquer planeta com vida inteligente em nosso infinito superaglomerado cósmico, o fisicamente debilitado Kleberson seria banco para o Jônatas. Isso ficou claro.

Aqui na Terra, causa certa estranheza que o sr. Alexis Stival (que se assemelha muito a um extraterreno) se negue a enxergar as evidências e insista em escalar o raquítico volante paranaense que se notabilizou por sua falta de sangue, por seu futebol burocrático, pela ausência brios em momentos cruciais das partidas, pelas intermináveis desculpas (“ainda estou recuperando o ritmo”) e etc.

O Kaiser do semi-árido é titular nesse time. Espero que Cuca seja flexível e aceite as evidências.

Mais uma vitória execrável, pavorosa e cheia dos mesmos erros de sempre. Repito: a desculpa da falta de entrosamento é ridícula. Talvez em Cachorral Severiano, São Januário e na tri-rebaixada Laranjópolis tal desculpa tenha algum valor. O time rubro-negro é o mesmo que terminou o vergonhoso ano de 2008. “Ah, mas o Cuca está armando o seu esquema, tenhamos paciência” Que esquema? Não mudou absolutamente nada, continuamos a jogar covardemente com 4 volantes e o indescritível Obina na frente. O time ficou devendo, e muito.

A arbitragem carioca é essa vergonha aí mesmo. Testemunhamos ontem dois gols mal anulados (um pra cada lado), um pênalti não marcado em Ibson e uma tentativa de assassinato ao jovem Airton na lateral de campo, fato evidentemente ignorado pelo suspeitíssimo Djalma Beltrame.

Atuação soberba do garoto Willians. Na década de noventa, cantávamos “Oh, meu mengão, eu gosto de você” nas arquibancadas e sabíamos que seríamos instantaneamente representados por um jogador em campo: o raçudo Nélio. Que saudade de jogadores totalmente identificados com a torcida, com os cânticos, com a prodigiosa áurea Flamenga.

O vigor e a segurança apresentada pelo jovem Willians ontem me lembrou bastante isso. Ele demonstrou exatamente o que se esperava: vigor, severidade, personalidade, inúmeras bolas roubadas, antecipações precisas e subidas com qualidade ao ataque. O garoto provocou um fenômeno raro: fez com que a torcida gritasse o seu nome em coro uníssono, ainda tão cedo, com apenas duas partidas como titular. Gostei do que vi.

Marcelinho Paraíba mostrou que deve ser titular. Após sua atitude deplorável, indigna de quem pretende conquistar o coração da Maior Torcida do Mundo, o jogador demonstrou evidentes qualidades, sobretudo nas bolas paradas. Resta saber se fará dupla ou disputará vaga com Zé Roberto.

Cuca terá de reinventar o seu esqueminha excessivamente cauteloso, pois considerando que o irritante Kleberson irá finalmente para o limbo, Jônatas formará dupla com Ibson, Everton perderá a vaga para Zé Roberto, e Marcelinho terá de jogar na vaga de Willians ou Airton.

Ou seja: Cuca obrigatoriamente abrirá mão do atual esquema, já que o bom senso diz que o esquema com apenas um volante fixo, impedindo que a dupla de laterais suba ao mesmo tempo, é sem dúvida o ideal. Por que ideal? Porque não dependeremos tanto dos avanços dos laterais, eles deixarão de ser fatores preponderantes com a escalação de Paraíba e Zé Roberto. Teremos jogadores perigosos no meio-campo, depois de um longo tempo.

Veremos se Cuca terá coerência para fazer as mudanças que se fazem necessárias. Em meu post sobre o jogo de estréia, avisei que Obina deveria ir urgentemente para o banco, antes que fosse tarde demais. Eis que ontem tivemos mais um aviso vindo dos céus, naquele pênalti irresponsavelmente desperdiçado pelo adiposo centroavante.

Abre o olho, Cuca!

Epístolas às Laranjeiras


Caríssimos compatriotas tricolores,

como eu havia avisado: alguma coisa está fora da ordem. E friso: a ordem ainda não foi restaurada. O ano passado não acabou nada bem, e este continua seguindo os mesmos passos. Os mesmos erros repetindo-se constantemente – sobretudo na lateral direita.

Antes, no Fluminense, esse já foi um posto nobre, por onde desfilaram jogadores do quilate de Carlos Alberto Torres (foto). Hoje, inequivocamente, temos um estranho na antes tão bem sucedida posição: Wellington Monteiro – jogador de um passado futebolístico duvidoso, um presente atemorizante e um futuro, se houver futuro, nada promissor.

As laterais não foram feitas para a covardia. Tornaram-se, com a evolução do futebol, corredores estratégicos de ataque. O Fluminense parece ter-se esquecido disso. Na direita, um caranguejo, e, na esquerda, um jogador de bom nível que parece ter as pernas atadas neste princípio de campeonato. O time não tem aonde desafogar o meio-campo, e o ataque, ah! o ataque...

Leandro Amaral é um bom jogador, sim. Contudo, o brilho dourado que pintavam nele era mera responsabilidade do restante elenco cruz-maltino, que causava um contraste tremendo graças a sua completa incapacidade. No Fluminense, ele jamais funcionará sozinho; e o trabalho fica ainda mais complicado ao lado de um jovem jogador com pique de aposentado da Vale.

O espaço central do elenco tricolor ainda resta ao esforçado e talentoso Conca, mas ele é, infelizmente, precedido por dois jogadores de índole controversa: os dois volantes – Diguinho e Jaílton – parecem querer tratar a bola com carinho, no entanto decepam calorosamente as canelas adversárias, cometendo faltas perigosas e desnecessárias.

Leandro Domingues, devo confessar, ainda pode dar certo: não cometerei qualquer injustiça prematura. Porém, todo jovem jogador precisa de time que o apóie. E não é bem assim que a coisa anda.

A defesa esteve, com poucas exceções, satisfatoriamente segura. E esse é um quesito importante a ser observado. Tricolores, que nossa evolução continue: que os volantes façam lançamentos primorosos a laterais velozes, que cruzarão na medida para cabeceadas certeiras de artilheiros natos.

Desafortunadamente, esse futuro me soa um tanto quanto remoto. Até lá, espero uma prova que me faça acreditar.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Fabrício é emprestado para clube líder do Campeonato Alemão

Muitos rubro-negros estão furiosos com o negócio envolvendo este atleta recém elevado à categoria profissional. A alegação é de que se tratava do novo zagueiro Juan (90% da torcida nunca o viu jogar, mas como Márcio Braga disse essa sandice no início da temporada, todos acreditaram). Outros sustentam uma opinião controversa. De que o cara foi destaque do time do Paranada, na série B (certame onde até o medonho André Santos reinou em 2008), e que por isso seria uma jóia rara.

Existem jogadores que só pela fisionomia já sabemos mais ou menos o que esperar. Evidentemente que não é regra, há algumas exceções.

Quando você vê um centroavante como o Romário em início de carreira, e observa minuciosamente a sua intrépida aparência, aquele baixinho com cara de pilantra de bocada, mostrando um gingado inerente àqueles malandros que habitam a Lapa, expondo sua marra e agilidade diante de seus
atrozes rivais, você rapidamente percebe que algo interessante sairá daquele jovem e destemido jogador.

Agora, quando você vê na categoria juvenil um trangalhadanças completamente desajeitado, um cara meio abobalhado e infantil, sendo expulso
vergonhosamente numa despretensiosa jogada na lateral do campo - como vi certa vez numa Taça OPG - é óbvio que você se certifica de que se trata de mais uma nulidade futebolística criada na base e dá tiros para o alto em comemoração a tão vantajosa negociação.

R$1 milhão por quatro meses de empréstimo é negócio excepcional, e será antológico caso comprem o jogador pelo valor fixado (3,5 milhões de euros).

Enquanto isso, no Maracanã...

No jogo Fluminense x Madureira, um fato curioso nas arquibancadas.
Update: O jogo tava tão sem graça que o goleiro deu uma saidinha pra falar com a família na torcida.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Show que a Torcida Precisava Ver!

Que Lindo! Vasco goleia o Tigres do Brasil!

Hoje foi o primeiro passo de uma longa caminhada até o fim do ano. Longa e cheia de promessas, vascaínos! O nosso Vasco mostrou que tem muita técnica e que vai brigar por muitos títulos!

Até os 30 primeiros minutos, totalmente desorientado em campo, o Vasco permitiu que o ineficiente ataque do Tigres chegasse algumas vezes. Mas depois disso, só deu Vasco, galera.

Aos 37 minutos, Pimpão abriu o placar, após um belo passe de Jéferson, que o deixou livre para tirar o goleiro e mandar pro fundo do gol. Um minuto depois, Carlos Alberto deixou Alex Teixeira livre, em situação regular, para marcar o que seria o segundo gol do Vasco, se o bandeirinha não tivesse inventado um impedimento.

Mas aos 44 minutos, Amaral chutou em cima do jogador adversário e Sorato desperdiçou uma chance incrível de dentro da pequena área. Os 15 minutos finais do primeiro tempo demonstravam o que estava por vir.

Sinceramente, dava desgosto ver o time do Tigres jogar - era um mais perna de pau que o outro! - desde carrinhos desnecessários até uma cabeçada no zagueiro do próprio time. O coitado teve que ser substituído.

E o Tigres pagou pela indisciplina quando, aos 24 minutos, Marquinhos foi expulso com o segundo amarelo, após dura falta em Carlos Alberto. E pagou DUAS vezes! Paulo Sérgio cobrou a falta na área e Nilton não deixou barato, um golaço de cabeça! Mas, acalmem-se, pois era apenas o segundo gol!

Hora de testar o time! O técnico Dorival Júnior fez 3 alterações em 5 minutos: Sai Pimpão, entra Carlos Antônio. Sai Amaral(perna de pau), entra Mateus. E alguns minutos depois, sai Alex Teixeira para a entrada de Faioli que, logo que entrou, quase alcançou um chute cruzado do lateral Paulo Sérgio. Mas não era para ser agora.

Um minuto depois, Jéferson fez mais uma brilhante jogada, tirando dois zagueiros e chutando forte. Adivinha só nos pés de quem Marcos Paulo espalmou? FAIOLI é o nome dele! 3 a 0 pro Vascão! A torcida já estava eufórica, quando viu Carlos Alberto dar outro presente para Faioli, cara a cara com o goleiro, fazer mais um. Era a sua noite! 4 a 0 pro Vascão!

Ramon ainda arriscou um chute bem torto no finzinho, mas o Vasco apenas administrou o placar. Fim de jogo em Xerém! Muitos gols, muita vontade e festa para a Torcida Vascaína!

Jogador a Jogador
Tiago: Apesar do ataque do Tigres não ser grande coisa, fez boas defesas.
Amaral: Apareceu pouco, quando apareceu quase entregou um gol.
Paulo Sérgio: Se movimentou muito bem e ainda deu passe para o gol de Nilton.
Nílton: Apareceu bem no jogo e marcou um belo gol de cabeça.
Alex Teixeira: Até teve um gol anulado, mas perdeu outros 3 porque chuta feito uma donzela.
Carlos Alberto: Deu belos dribles, e um passe para o gol anulado e um dos gols de Faioli.
Jéferson: Duas assistências e dois "quase gols".
Rodrigo Pimpão: Fala mais joga, lindo gol com direito a drible no goleiro!
Faioli: Que noite! Entrou nos 30 do segundo tempo, e marcou dois gols em 5 minutos em campo.

Eu não estava errado quando falei que o time só precisava se acertar.
Ninguém segura o Vascão agora!

Kréber, estou $em crima pra continuar...

Fuçando sites esportivos à procura de informações sobre o Maior Clube da Terra, me deparo com a seguinte matéria no globoesporte.com. A notícia nos conta que o conterrâneo do craque Leovegildo decidiu aceitar a incumbência divina que lhe foi concebida e enfrentar a pesada responsabilidade de vestir a sobrenatural camisa vermelha e preta. Feito alcançado por poucos, e executado de maneira soberba e magistral pelo seu idolatrado compatriota.

Estava tudo ótimo, mas havia ali um porém: ele exigiu do vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite, que dentro de no máximo 15 dias, R$800 mil pingassem em sua conta bancária. Caso contrário, abandonaria o barco.

Longe de mim defender os canalhocratas que hoje guiam os caminhos do clube. Esses caras que tornaram freqüentes os absurdos que nós torcedores somos obrigados a aturar nos jornais esportivos, tais como: salários atrasados; fulano ameaça não entrar em campo; beltrano ganha bilhões na justiça e compromete saúde financeira do clube e etc.  Tampouco irei aqui questionar o direito inalienável do trabalhador de receber sua sagrada remuneração em dia, conforme prevê a lei trabalhista vigente em nosso país. Mas confesso que li esse absurdo com certa incredulidade. Pensei que de uma sacanagem se tratasse, não o fato de o jogador buscar o seu direito, mas a incrível cara-de-pau de continuar no clube após armar toda essa presepada. Ora, que recebesse então o seu pagamento numa maleta repleta de maços de dólares, e de brinde um pequenino envelope com as cores rubro-negras contendo uma passagem somente de ida para a casa do caralho.

Num solitário questionamento, pergunto-me  como Marcelinho Paraíba espera que a torcida o receba após essa antipática atitude. Se a galera rubro-negra já foi implacável com o jogador no jogo contra o Friburguense – em clara represália por causa de seus tresloucados pitis publicados na imprensa – em que nível de tolerância estarão os fiéis torcedores do Mengão a partir de agora? Que acontecerá a cada erro de passe ou jogada mal executada desse esquisitão de óculos na imagem acima?  Por que não lutar pelos seus direitos na disciplina, sem alarde, sem ameaças,  honrando a camisa tal e qual faz o nosso zagueiro Fábio Luciano?
Quantas vezes você viu o espartano capitão rubro-negro ameaçar abandonar o barco por causa de salários atrasados? Nunca, meu amigo, nunca. O cara desenrola a situação na diplomacia, sem ataques histéricos, mostrando possuir as condições requeridas para se vestir o Manto inexpugnável: macheza e comprometimento.

Duvido que MPB tenha resquícios de inteligência para enxergar que a torcida não perdoa tai$ atitudes. Paraíba certamente não tem dimensão da má vontade que terá de enfrentar a partir de agora e provavelmente nunca ouviu falar na história do famoso traiçoeiro
Bebeto, que, 20 anos após a sua estúpida decisão de trocar o Flamengo pelo dinheiro sujo daquela gentalha que idolatra o facínora Edmundo, ainda escuta “educadas” homenagens familiares de torcedores (grupo no qual me incluo)  nas ruas do Brasil afora. Pra você vê o nível de tolerância da mais exigente galera do planeta.

Amigos, sejamos sinceros. Marcelinho estava doido para jogar no Grêmio, mas como o xibungo clube gaúcho andou pra trás na negociação, e segundo dizem, o Cruzeiro também, ele decidiu então continuar ganhando a sua pequena fortuna na Gávea. Não se iludam com esse cara.

Epístolas às Laranjeiras


Tricolores daqui e de muito além,

Vivamos! Devo lhes informar que, uma vez alertados, superaremos a derrota de domingo. Mas só é possível superá-la se a admitirmos. Vamos abrir mão da tristeza, abandonar toda a opulência, vidrar nossos olhos nos mais belos vitrais das Laranjeiras. Caminhando pela sala de troféus, encontramos trinta títulos do campeonato estadual do Rio de Janeiro! Trinta títulos enfeitam nossos sonhos, trinta títulos iluminam o caminho para o próximo – que está por vir, seja quando for. Todos eles conquistados com a certeza e a beleza de sermos tricolores. Todos eles eternos no peito de cada jogador, estampados em cada capa de jornal.

Caríssimo, não é preciso abaixar a cabeça para a derrota, descendo aos níveis temíveis do desatino; e nem se deve levantar a cabeça acima dos demais, onde não é o nosso lugar. Que me perdoem os idiotas, mas o Fluminense não está exposto em nenhum pedestal. De nós, brotou e se alastrou o futebol carioca e muito do futebol brasileiro. E não há lugar melhor do que existir, sempre, em seu seio.

É muito fácil brilhar do alto, eu quero o brilho no meio das multidões. Esqueçam as contratações milionárias, as estruturas européias – isso só ajudou a acentuar diferenças, a separar seres humanos de seres humanos.

Toda distinção em níveis é estúpida. Estatísticas são demônios do passado que assombram o futuro. Eu quero um jogador capaz de comandar um time aos 18 anos, um treinador capaz de voltar 15 anos depois de ser campeão para tirar o clube da lama. Eu quero o meu Fluminense, o nosso Fluminense, que chegou aqui sendo exatamente o que é.

E, para isso, temos, um no outro, a verdadeira torcida tricolor.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Sangue Alvinegro


Um pouco tarde para uma divulgação, mas sempre cedo para as congratulações. Esse post é para parabenizar os Torcedores Gloriosos que participaram da campanha Estrela Solidária hoje, dia 27. Uma mão amiga e o traje alvinegro eram os pedidos da campanha de doação de sangue, que teve o intuito de ajudar a abastecer o banco do Hemorio, na cidade do Rio de Janeiro, que passa por dificuldades, mas se estendeu também a Brasília, com doações na Fundação Hemocentro.

A idéia foi dos torcedores Tatiane, Kell e Daniel, mas o Botafogo aderiu oficialmente à campanha mais tarde.
Parabéns botafoguenses! Parabéns Nação Alvinegra! Mostramos mais uma vez a razão de sermos os Torcedores Gloriosos!





A campanha foi apenas hoje, mas quem não participou, sendo torcedor do Botafogo, ou não, vale a pena fazer o seu exercício de cidadania.
Doe sangue você também!







Hemorio: Rua Frei Caneca, 8 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Tel: (21) 2299-9442
Hemocentro: SMHN Q. 03 Conj A Bloco 03. - Início da Asa Norte – Brasília – DF – Tel: 160 ou (61) 3327-4424.

Erros Marcam o Início do Carioca

Mal começa o ano e os equívocos da arbitragem já mudam resultados. Os lances mais falados da rodada carioca foram a cabeçada do Alessandro, que rasgou a rede por fora, marcando para o Botafogo, e o impedimento da jogada completamente legítima do Friburguense contra o Coisa-Ruim. Apesar da bagunça e do tempo que levou para se decidir, o árbitro não validou o gol do Botafogo, entretanto se perdeu completamente na partida depois, distribuindo cartões amarelos desnecessários e invertendo faltas.

O caso do Friburguense foi pior. O erro do auxiliar interferiu diretamente no resultado da partida. Com um impedimento muito do mal marcado, o gol de Vitor Hugo foi anulado e o Flamengo acabou vencendo por 1x0. Isso aconteceu quando a partida ainda seguia em 0x0 e qualquer torcedor com um mínimo de jogos nas costas sabe como um gol, ou a não marcação dele, altera os ânimos daqueles que estão em campo. O auxiliar pegará gancho de quatro jogos, mas o resultado não muda.

É lamentável ver que, sai ano e entra ano, os descuidos da arbitragem continuam desenhando resultados nos nossos campeonatos. Não estou aqui para falar de armações, jogos comprados, teorias conspiratórias, favoritismo da imprensa e outras coisas relacionadas. Deixo aqui apenas a minha indignação com uma arbitragem que nunca é punida devidamente.

Abaixo, o lance em que foi marcado o impedimento do gol do Friburguense:


Comunidade do Vasco em 1920 e em 2178

Clique nas Imagens para Ampliar

Em 1920


Em 2178

Criou algo de interessante? Alguma montagem ou texto? Envie para gigantesdorio@gmail.com !

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Honrar o Manto: não é pra qualquer um

Confesso, caros amigos, que em nada me surpreendeu a inqualificável estréia do Flamengo na Taça Guanabara. Em verdade, vi o esperado de sempre: a preguiça, a indolência, a terrível apatia desses que hoje trajam (imerecidamente) o incomparável Manto noutrora honrado e consagrado pela espartanidade em campo de Zico, Rondinelli, Júnior, Anselmo (esse que, a mando de Carpegianni, socou impiedosamente a cara do sanguinário e líder do grupo de assassinos do Cobreloa, o tal Mario Soto, na guerra da final da libertadores de 81) entre outros. Creio que seria demais, em uma estréia de um campeonato famoso por seu baixo nível, pedir espírito de luta a um grupo capitaneado pelo INSUPORTÁVEL Léo Moura e sua histórica displicência. Antes que me acusem de acusar o inacusável, desafio o leitor a fazer um fatigante exercício de memória e tentar lembrar a última grande partida do nosso glorioso camisa 2.



Parece-me evidente que o time deixou muito a desejar. Devemos rechaçar desculpinhas esfarrapadas do tipo “faltou de ritmo” – “o Friburguense treinou mais durante a pré-temporada”, e etcetera. Se por um lado as agremiações menores estão escrotamente autorizadas a usar a estúpida e esfarrapada desculpa do desentrosamento e da disparidade física entre os times (justificação abominável), é de conhecimento público que do outro há o Flamengão e sua base mantida de 2008. Posto isso, me é forçoso condescender com tão vergonhoso resultado em que, noutros tempos não tão longínquos, uma vitória contra um microscópico adversário da maneira em que se sucedeu, com gol legitimo dos pigmeus sendo descaradamente anulado, seria motivo mais que suficiente para um desconto de 40% do salário, e porventura em caso mais agudos, a demissão sumária de todo o elenco. Infelizmente, os escroques engravatados que hoje comandam o time de infância de Zico primam pela falta de culhões e pelo excesso de tolerância. Vide os vergonhosos resultados de 2008. A missão de honrar o Manto rubro-negro é hercúlea, não é pra qualquer um.



Antes de continuar, aviso que não haverá analises individuais ou considerações sobre a atuação(?) do time neste ensaio. Abrirei uma exceção para destacar dois pontos merecedores nota nessa lamentável atuação de ontem, em que um vexatório empate faria mais justiça.



Começo, pois, por Marcelinho Paraíba. Esse sujeito com sérios problemas de dicção. Esse cidadão incapaz de pronunciar o sacratíssimo nome “Flamengo” corretamente (ele diz Framengo). Segundo consta, esse rapaz anda insatisfeito por não ter recebido ainda uma pequena fortuna a que tem direito, quantia acordada na assinatura do contrato, o que chamamos tradicionalmente de “luvas”. Ora, que esse merda tem na cabeça (a frase já sugere a resposta)? Para entrar em campo de maneira tão negligente e perigosa, deixando claro e manifesto o seu descontentamento com a situação financeira do clube? Argumentará o atento leitor: “Ah, mas se ele pedisse para não jogar, seria chamado de mercenário”. Seria sim, mas não por este que vos escreve. Receberia meus sinceros aplausos, caso honesto fosse ao assumir que tamanho descontentamento poderia interferir em seu rendimento dentro de campo. Não se pode permitir que um sujeito entre desgostosa e aveadadamente em campo, sem a mínima vontade de acertar, com o terrível efeito de se queimar inutilmente uma substituição no intervalo, como ocorreu na tarde deste domingo. Isso não pode ocorrer. No pavoroso Lancenet! (site escroto e extremamente sensacionalista) li que o supracitado pulha estuda uma transferência para a uma suspeitíssima agremiação de Minas Gerais. Poderiam liberá-lo de graça, mas como dinheiro ainda não nasce em árvore, deve-se exigir uma quantia razoável, já que no elenco celeste não há jogares qualificáveis (ao menos os negociáveis) para vestir o Manto rubro-negro numa improvável troca. Com a chegada de Zé Boteco, podem dispensar o meliante, mas não de graça.



Tratemos agora do sr. Alexis Stival, nascido em Curitiba, mais conhecido como Cuca, muito famoso por sua incapacidade de dar voltas olímpicas em gramados. O paranaense tem finalmente a sua grande chance na carreira. Terá a oportunidade de ganhar algo na carreira além de míseros tapinhas nas costas e os elogios: “o time jogou bonito, você está de parabéns, não vá desistir”. Não restam duvidas que está no lugar certo, ao menos no que concerne à cidade do Rio de Janeiro. Ele passa a estar no topo da cadeia alimentar futebolística carioca, dessa vez atuando como um voraz predador de presas fáceis e indefesas (como testemunhamos nos últimos anos), e não um simples decompositor a pegar excrementos que lhe sobra na selva futebolística. Boa sorte, e trate de desfazer rápido esse esqueminha covarde repleto de volantes. Mantenha uma fisionomia positiva, esqueça o passado. E sejas homem, e trates de mandar o Obina para a casa do caralho antes que seja mui tarde.



Espero que diante do poderoso Bangu na próxima rodada, jogo que acontecerá na aprazível cidade de Volta Redonda, Ibson e cia estejam minimamente inspirados, e que Obina seja banco. É o mínimo que se espera.



* Na imagem, Geraldo Cleofas Dias, o Geraldo assobiador. Foi campeão carioca de 74, chegando a fazer grande sucesso à época. Morreu prematuramente aos 22 anos, deixando uma promissora carreira. Segundo conta a lenda, Geraldo assobiava enquanto jogava e entortava seus adversários.

Epístolas às Laranjeiras


Caríssimos torcedores da nação verde-esperança, da alma de um branco-pacífico, mas da garra vermelho-encarnada,

a noite de ontem foi um alerta: alguma coisa está fora da ordem. É bem verdade que as estréias costumam decepcionar, sobretudo contra times que se prepararam, fisicamente, por muito mais tempo, ou quando ocorrem fora de casa. Mas, ainda assim, resta o alerta. A equipe não possui nenhum padrão de jogo, nenhuma jogada; o posicionamento dos jogadores é sofrível; os laterais não avançam; e os atacantes saem da área. Darío Conca, nosso principal reforço, armava, sozinho, jogadas que não aconteciam.

Sim, sim, tricolores, é cedo para reclamar nesse tom, mas quando é melhor acordar? Qual é a hora certa de refletir?

Será que estamos fadados à mediocridade? Essa noite foi um alerta, meus caros, para mudar o que vem pela frente. Que a comissão técnica tenha entendido o recado! Contudo, perdemos justamente, ao menos. Não houve impedimentos para nossa derrota, e ela veio pela direita, arrebatadora, rápida e cruel.

Por falar nisso, até hoje eu não entendo a presença de Wellington Monteiro. Um jogador lento, sem qualquer postura ofensiva, com um posicionamento defensivo pavoroso e... titular! Como pode esse estorvo ser titular em nossa defesa (considero-o um defensor porque do meio pra frente ele é um completo pária)? O Fluminense acredita nele? Renê Simões crê nele?

Está certo, me exasperei um pouco. Mas foi tamanha a minha frustração ao fim da partida que não poderia ser diferente. Então, decepções à parte, digamos: o nosso gol foi uma pintura, toda a jogada – desde o cruzamento preciso à cabeceada consciente, do passe inteligente ao chute violento. Ainda há esperança, meus amigos, para que essa harmonia se refaça e contagie o restante do elenco. Enquanto isso, o gol de Diguinho foi o único lapso de Fluminense na noite de ontem.

Atentemos: falta algo, mas... há jogadores, há um técnico e, prezados tricolores, há a espera pelo jogo de quarta, em casa. Aguardo-vos.
Lucas dos Passos

P.S.: Só para constar: se o Flamengo for campeão (e faço essa promessa porque não será), eu mesmo me encarregarei de fazer uma crônica exaltando sua vitória. Ai, meu Fluminense, não nos decepcione.

BotandoFogo em 2009


Saudações Gloriosas! No sábado 24, o Botafogo fez sua estréia no Carioca de 2009 contra o Boavista. Estádio pequeno, confusão na entrada dos alvinegros, que ainda adentravam o local quase a hora do intervalo, campo pesado pela chuva, poças d’água, buracos, arbitragem confusa... E vitória alvinegra!

O Botafogo começou com o pé direito, superando expectativas. Mesmo com as condições adversas e a falta de parâmetro que uma Taça Guanabara pode proporcionar, o time se mostrou mais bem preparado do que fora possível imaginar com as exígüas contratações apresentadas pela diretoria e a debandada geral do grupo do ano anterior.

O jogo teve nome, e foi Maicosuel. O novo detentor da camisa 10 abriu o placar aos 16 minutos do primeiro período com uma cobrança de falta que em nada deixou dever ao Lúcio Flávio. Embora seja deveras cedo para qualquer espécie de comparação, aviso aos mais empolgados.

Vale destacar ainda as atuações de Victor Simões e Leandro Guerreiro. O primeiro se fez presente em toda a partida enquanto o segundo reencontrou o bom futebol de 2007, fechando com toda garra o meio da nossa zaga. Bom ver novamente também o nosso querido capitão Juninho em campo, mesmo com uma tímida estréia.

O ponto máximo da partida foi, sem sombra de dúvidas, o dilema da arbitragem: Foi por dentro, ou foi por fora? Foram oito minutos perdidos após uma cabeçada do nosso lateral Alessandro que furou a rede por fora e entrou no gol. Oito minutos em que um árbitro confuso validou e desvalidou mil vezes um gol que nunca existiu. Depois de um toque do 4º árbitro, ficou como não-válido. E ficou também a dúvida se houve ou não uma conferidazinha do video-tape, o que seria tão ilegal quanto o gol, já que a prática não é aceita pela FIFA.

Precisaríamos aplaudir esse árbitro de pé por ter voltado atrás e apitado o lance corretamente, mesmo com toda a demora, – devemos sim, alvinegros, condenar a má arbitragem mesmo quando ela nos favorece; é sempre bom lembrar que a má arbitragem que hoje nos favorece contra o Boavista é a mesma que mais tarde nos pisa contra o Coisa-Ruim do preto e vermelho – se esse, visivelmente abalado, não tivesse resolvido cagar o resto da partida com excessivos cartões amarelos e faltas duras do Boavista não marcadas.

Maicosuel marcou novamente aos 49 do segundo tempo, de cabeça, transformando em vitória o que não merecia terminar como empate. Placar final Botafogo 2x1 Boavista. E que venha o Macaé!

OBS: A rodada que se findou nesse domingo 25, ao menos no que diz respeito aos grandes times, desenhou um enredo muito conhecido dos torcedores assíduos dos dois últimos anos: vitória duvidosa do Coisa-Ruim e derrota do Pessoal do Bacalhau seguido dos (não tão) Amigos do Pó-de-Arroz. Será que teremos, mais uma vez, uma finalíssima Bota x Fla?

domingo, 25 de janeiro de 2009

Vasco x Americano

Um resultado inesperado.
Com um time totalmente renovado e visivelmente desentrosado, o Vasco perdeu para o Americano, em um jogo de poucos chutes a gol, alguns até assustaram a torcida, mas fato que os atacantes deixaram a desejar.

Os jogadores até entraram em campo ansiosos, com raça, carregando a mensagem "O Sentimento Não Pode Parar", o que demonstra que eles já entraram no espírito do Vasco, mas não deram o show que a torcida esperava.

Rodrigo Pimpão ainda não mostrou pra que veio, perdendo um gol incrível. Talvez tenha faltado um pouco de sorte para o time ontem, como disse o goleiro Tiago, porém já deu pra perceber, que é um time com grande técnica, mas sem aquele atacante matador.

Já a torcida merece nota 10, que lotou São Januário e apoiou o time mesmo após a derrota, tudo para ver a nova cara do Vasco. Por ser algo novo, alguns torcedores pularam as grades que dividiam as arquibancadas, mas nada que apagasse o Show que a torcida deu.

Dois atacantes estão chegando, Élton e Edgar, Dorival Júnior já avisou que vai precisar contar com eles. Nenhum deles é um grande nome, mas só nos resta confiar, já que ao que parece, Dorival já desistiu de ganhar a Taça Guanabara.

Espero realmente que isso tenha sido apenas uma desculpa, caso o time faça uma má campanha no primeiro turno, pois é um time com grande nível técnico e que podemos esperar um show na Série B do Campeonato Brasileiro.

O fato é que o Vasco mostrou sua nova cara pra 2009, com um time que, pelo menos em teoria, os torcedores não vêem desde 2004, apenas aguardar o time se encaixar e os jogadores se entrosarem, apesar do fiasco de ontem, tenho muita confiança nesse novo time.

SV

Apito Inicial

O futebol do Rio de Janeiro pode parecer, atualmente, esquecido pelas grandes multidões e glórias de nossa história. Parecem perdidas no passado todas as conquistas, dando lugar a um clima de constante desconfiança e negação. Prefere-se torcer o nariz em direção ao sul e acreditar mais nos clubes paulistas, por exemplo.

O objetivo, aqui, é reencontrar um povo que acredita, sim, no futebol carioca. Uma torcida fidelíssima que, nalguns momentos, ainda enche estádios, comemora as vitórias e reconhece as derrotas. Estamos unidos por acreditarmos nos clubes do rio, por acreditarmos no próprio futebol brasileiro. Desconfiamos, na verdade, é dessa redução que vem acontecendo: a pátria das chuteiras vem se encolhendo, perdendo o norte, o nordeste, o centro-oeste e chegando às fronteiras do sudeste – rumo ao clima frio, ameno, estável e, por que não, estático, sem graça.

Temos, para ir nessa contracorrente, representantes das quatro maiores torcidas do Rio de Janeiro. Um tricolor, uma botafoguense, um flamenguista e um vascaíno vão discutir os grandes eventos, as transações, as derrotas e, naturalmente, vão comemorar as vitórias com vocês.

Apresentando o quarteto: Raisler, Isabela, Lucas e Rondinelli serão Vasco, Botafogo, Fluminense e Flamengo, respectivamente.

Porque o primeiro passo para curar qualquer problema é, em vez de rir ou ignorar, dar atenção a ele. Porque futebol é esporte, cultura e paixão; não é só dinheiro, não.