sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Considerações sobre Bangu x Flamengo

* Antes de mais nada, é necessário lembrar que em qualquer planeta com vida inteligente em nosso infinito superaglomerado cósmico, o fisicamente debilitado Kleberson seria banco para o Jônatas. Isso ficou claro.

Aqui na Terra, causa certa estranheza que o sr. Alexis Stival (que se assemelha muito a um extraterreno) se negue a enxergar as evidências e insista em escalar o raquítico volante paranaense que se notabilizou por sua falta de sangue, por seu futebol burocrático, pela ausência brios em momentos cruciais das partidas, pelas intermináveis desculpas (“ainda estou recuperando o ritmo”) e etc.

O Kaiser do semi-árido é titular nesse time. Espero que Cuca seja flexível e aceite as evidências.

Mais uma vitória execrável, pavorosa e cheia dos mesmos erros de sempre. Repito: a desculpa da falta de entrosamento é ridícula. Talvez em Cachorral Severiano, São Januário e na tri-rebaixada Laranjópolis tal desculpa tenha algum valor. O time rubro-negro é o mesmo que terminou o vergonhoso ano de 2008. “Ah, mas o Cuca está armando o seu esquema, tenhamos paciência” Que esquema? Não mudou absolutamente nada, continuamos a jogar covardemente com 4 volantes e o indescritível Obina na frente. O time ficou devendo, e muito.

A arbitragem carioca é essa vergonha aí mesmo. Testemunhamos ontem dois gols mal anulados (um pra cada lado), um pênalti não marcado em Ibson e uma tentativa de assassinato ao jovem Airton na lateral de campo, fato evidentemente ignorado pelo suspeitíssimo Djalma Beltrame.

Atuação soberba do garoto Willians. Na década de noventa, cantávamos “Oh, meu mengão, eu gosto de você” nas arquibancadas e sabíamos que seríamos instantaneamente representados por um jogador em campo: o raçudo Nélio. Que saudade de jogadores totalmente identificados com a torcida, com os cânticos, com a prodigiosa áurea Flamenga.

O vigor e a segurança apresentada pelo jovem Willians ontem me lembrou bastante isso. Ele demonstrou exatamente o que se esperava: vigor, severidade, personalidade, inúmeras bolas roubadas, antecipações precisas e subidas com qualidade ao ataque. O garoto provocou um fenômeno raro: fez com que a torcida gritasse o seu nome em coro uníssono, ainda tão cedo, com apenas duas partidas como titular. Gostei do que vi.

Marcelinho Paraíba mostrou que deve ser titular. Após sua atitude deplorável, indigna de quem pretende conquistar o coração da Maior Torcida do Mundo, o jogador demonstrou evidentes qualidades, sobretudo nas bolas paradas. Resta saber se fará dupla ou disputará vaga com Zé Roberto.

Cuca terá de reinventar o seu esqueminha excessivamente cauteloso, pois considerando que o irritante Kleberson irá finalmente para o limbo, Jônatas formará dupla com Ibson, Everton perderá a vaga para Zé Roberto, e Marcelinho terá de jogar na vaga de Willians ou Airton.

Ou seja: Cuca obrigatoriamente abrirá mão do atual esquema, já que o bom senso diz que o esquema com apenas um volante fixo, impedindo que a dupla de laterais suba ao mesmo tempo, é sem dúvida o ideal. Por que ideal? Porque não dependeremos tanto dos avanços dos laterais, eles deixarão de ser fatores preponderantes com a escalação de Paraíba e Zé Roberto. Teremos jogadores perigosos no meio-campo, depois de um longo tempo.

Veremos se Cuca terá coerência para fazer as mudanças que se fazem necessárias. Em meu post sobre o jogo de estréia, avisei que Obina deveria ir urgentemente para o banco, antes que fosse tarde demais. Eis que ontem tivemos mais um aviso vindo dos céus, naquele pênalti irresponsavelmente desperdiçado pelo adiposo centroavante.

Abre o olho, Cuca!

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