sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Entre a Partida e a Chegada


Caríssimos tricolores de glórias e agonias, a quarta-feira passada, última do mês de fevereiro – a quarta-feira de cinzas fúnebre em que desemboca todo carnaval – foi qualquer coisa de esquecível para nossa memória. Contudo, faço questão de dar relevo a algumas observações necessárias para nosso desenvolvimento ao longo do ano.

O Fluminense possui uma equipe formada por jogadores, categoricamente, de causar inveja aos adversários e de dar orgulho aos torcedores. Embora isso seja inquestionável, a postura em campo tem sido bastante diversa da esperada. A propósito, mesmo nas arquibancadas não se ouvem os gritos de apoio capazes de empurrar-nos a vitórias memoráveis como as testemunhadas na última Libertadores.

Comportamento da torcida à parte, temos que tentar, mesmo que pareça impossível, entender o posicionamento tático do time. A ordem parece ser, estranhamente, que os laterais ataquem desordenadamente, que os volantes não os cubram, que os meias fiquem apagados à margem do campo, que o atacante volte à nossa intermediária buscar a bola para sair correndo desesperadamente, e que o centroavante descanse em paz. Esse ponto, caros amigos tricolores, tange, inevitavelmente, o papel do treinador. Cabe a este, naturalmente, determinar um padrão de jogo adequado ao elenco.

Apesar disso, não me assusto com o início de temporada medíocre que vamos apresentando. É o peso que geralmente se paga quando o planejamento não visa a resultados rápidos e rasteiros (como o fraquíssimo campeonato estadual). Lembremos, ainda, que o elenco está incompleto.

Isso posto, vamos nos divertir um pouco com a situação dos coitados botafoguenses. O time da cachorrada vive de perseguir, com raro sucesso, o título estadual – sem, sequer, sonhar com voos mais altos. O aparente bom começo de temporada que eles realizam é conhecidíssimo. Desde que subiram ao grupo A do Brasileirão eles teimam em acreditar nesse fogo de palha. Nesse vai e vem, perdemos para os coitados algumas vezes, mas sem que isso prejudicasse campanhas gloriosíssimas como as de 2007 e 2008.

O Botafogo prova, a cada ano, ser um time de partida – jamais de chegada. A partida, meus prezados, pode ser a Taça Guanabara (ou até o Carioca inteiro, apesar de termos sérias chances na Taça Rio) – afinal, o primeiro turno tem ficado mesmo nas mãos de equipes menores. Mas o resto da temporada pode ser nosso, basta trabalhar com a seriedade e humildade de quem reconhece a fidalguia nas pequenas atitudes coletivas.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Cliente Bom é Cliente Fiel

Saudações alvinegras a todos os torcedores Gloriosos, os remanescentes, os únicos dos Gigantes que chegaram à final da Taça Guanabara. É, Amigos da Estrela Solitária, somos nós mais uma vez, rumo à final do Carioca, só falta um passo agora.

Quanto ao jogo de ontem, já perdeu a graça comentar sobre o nosso mais atual e fiel freguês. A cada dia que passa, os Amigos do Pó-de-Arroz recolhem-se mais à sua pequenez e não conseguem se aproximar sequer do título carioca, que eles tanto se vangloriam por contabilizar trinta troféus. Ok, a gente ri e não discute. Afinal, se não tem outro título, vai esse mesmo, né?

O fato é que vencer o Fluminense não tem mais graça por duas razões: a primeira é que não é mais novidade; a segunda é que você não encontra um torcedor desse time pelas ruas pra poder fazer um gracejo. Torcedor do Fluminense há muito foi noticiado como lenda urbana.

Está bem, eu vou comentar alguns destaques do jogo. O primeiro se chama Fahel. Certa vez disse que esse rapaz merecia sua vaga no time titular, agora direi apenas que ele está entre as três melhores contratações da temporada. Ele simplesmente definiu o jogo. Claro que o Maicosuel construiu ótimas investidas, mas não fez gol. Claro que o Reinaldo teve várias chances de gol, mas perdeu todas (novidade). Claro que a nossa Muralha Juvenil salvou a pátria, mas isso só nos garantiria um 0x0. Fahel fez o gol, Fahel nos levou pra final da Taça Guanabara. Todos os meus agradecimentos e congratulações do texto de hoje vão para esse rapaz.

O outro destaque atende pelo nome de Péricles Bassols, o árbitro da partida. Num campeonato marcado pelos erros de arbitragem, esse senhor conseguiu apitar decentemente, do início ao fim, um clássico que valeu vaga na final do turno. E eu não estou falando “Ele cometeu só uns erros desimportantes, que não afetaram no jogo”. Não é isso! É que eu não me recordo de um lance duvidoso, de uma falta invertida, para nenhum dos dois lados. E se alguém tiver reparado, por favor, aponte-me. Só me lembro de duas vezes, ainda no início da partida, em que o mau-caráter do Leandro Amaral tentou ludibriá-lo se jogando descaradamente, mas, bem posicionado no lance, assim como noutros vários, ele tomou a decisão certa.

Um bom jogo, com uma emoçãozinha de fazer o coração bater mais forte nos minutos finais. E agora é final, contra o pequeno Resende. Façamos como o Juninho, deixemos a modéstia de lado, assumamos nossa posição de favoritos. Somos favoritos, sim. E vamos com tudo nesse domingo pra assinalar o nosso nome na final do campeonato. Até lá, botafoguenses!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Cobrando os Verdadeiros Culpados

Primeiro é necessário ressaltar que diferentemente de outros rubro-negros, não costumo analisar superficialmente as fracas atuações do Flamengo como se ignorasse completamente as sem-vergonhices dos vigaristas que exercem cargos diretivos no clube e como se vivêssemos num mundo paralelo. Posiciono-me criticamente, analisando ângulos diferentes e utilizando a chamada cosmovisão flamenga. O leitor irá perdoar a minha incapacidade de analisar friamente o desempenho de times de futebol que não recebem em dia. Visto que é tarefa ingrata e ilógica perder tempo analisando atuações de jogadores que não recebem há três meses. Seria o mesmo que cobrar energia a quem não faz uma refeição há três dias. Sou hiperbólico, belicoso, maledicente e mal-humorado. Sim, eu reconheço. Não consigo mudar. Mas felizmente ainda não me abastardei suficientemente tal e qual parte da torcida achando que as mazelas pelas quais atravessa o clube nos últimos anos são obras exclusivas dos treinadores e dos pernas-de-pau que abundam no clube.

Se outros espaços desperdiçam incontáveis linhas concentrando inutilmente o arsenal de esculachos na direção dos nossos insossos jogadores e debatendo sobre quem será o próximo técnico a assumir o cargo e a tomar no cu com os sucessivos problemas de atrasos salariais que minam o clube, eu continuo cá em minha luta solitária, dando minha humilde contribuição colocando um grãozinho de areia na tentativa de extirpar a raiz do verdadeiro mal do clube: a diretoria.

Faço aqui um mea-culpa e reconheço que andei perseguindo exageradamente o Cuca no início da competição. Ele pode ter pecado em diversos aspectos - a insistência em Obina, por exemplo -, mas confesso aos senhores que não tenho mais cara de pau suficiente (pois já tive) para me posicionar criticamente contra elenco e treinador se recebo informações diárias da administração deplorável, irresponsável, gananciosa, dinheirista, escroque, incompetente, filha-da-puta, condenável e trambiqueira que comanda o clube. Se os atuais líderes de Torcidas Organizadas do Flamengo não fossem tão vergonhosamente subornáveis (pois não creio que sejam tão cegos), aquela bomba lançada no gramado da Gávea teria outro destino, não muito longe dali.

Ora, por favor, apresentem-me uma fórmula mágica que torne possível e viável exigir de atletas que não recebem há dois meses (mais 13°) concentração total para assimilar as determinações táticas e coletivas nos treinamentos no dia a dia. Ficaria bastante agradecido. Parece óbvio a qualquer sujeito que possua raciocínio pouca coisa superior ao de Kleber Bambam que, o outro Kleber, o Leite, faça imposições ao treinador e estabeleça regras claras de escalação obedecendo a uma ordem decrescente de salários. Quem ganha mais, tem prioridade. Ex. Obina ganha aproximadamente R$150 mil, e não sai do time nem marcando contra a própria meta. Leonardo Moura não joga absolutamente caralho nenhum há muito tempo, mas tem sua escalação bancada pelo homem forte do clube. É sabido que Cuca deseja enlouquecidamente bicar o rabo do funkeiro, mas forças internas o impedem.

Percebem? O treinador que deveria receber blindagem total e apoio irrestrito da diretoria, é minado de todas as maneiras. Não tem carta branca para barrar medalhões; não pode cobrar empenho, pois os jogadores não recebem; enfim, caros amigos, não se espantem se amanhã Cuca se opuser à trama diabólica engendrada no clube e for inexplicavelmente demitido dando lugar a um fantoche mais obediente. Um Renato Gaúcho, por exemplo.

Não acho que seja complicado entender definitivamente que nem mesmo uma experiência cientifica de ressurreição e clonagem inédita unificando os falecidos Rinus Michels e Telê Santana resultaria em treinador capaz de resolver o problema catastrófico e sem precedentes que existe hoje na Gávea. Por que então não abolir o "Fora cuca!" e aderir ao "Fora Kleber Leite!" e ao "Fora Márcio Braga"? Por que não cobrar a austeridade financeira tão apregoada em dezembro de 2003, na eleição de Márcio Braga? O TETO SALARIAL DO FLAMENGO, UM CLUBE QUEBRADO, EM INSOLVÊNCIA, BEIRA HOJE OS IRRESPONSÁVEIS R$4 MILHÕES!

Portanto, concentrem seus questionamentos em direção aos imbecis engravatados que comandam do clube. Os jogadores não têm porra nenhuma a ver com isso. Eles não bateram na porta do clube pedindo emprego. Os senhores Márcio Braga, Kleber Leite, Plínio Serpa Pinto e Isaías Tinoco nos devem explicações completas e detalhadas sobre esse elenco recheado de medalhões inúteis e sobre a dívida de R$93 milhões adquirida no período 2005-2009.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Uma Administração Ímpar - Parte I



Dívidas:

2004: Beirava os R$210 milhões, com patrimônio negativo de R$139 milhões.

2009: Ultrapassa os R$300 milhões com o inacreditável e inexplicável aumento de R$93 milhões. Patrimônio negativo ultrapassará provavelmente os R$200 milhões.


Patrocínio:

2004: Era disparado o mais vantajoso do país.

2009: O clube está à beira de fechar por valores inferiores aos de pelo menos três grandes clubes do país.

É escravo da Petrobras e é violentamente extorquido sendo praticamente obrigado (por sua própria incompetência) a concordar com REDUÇÕES de cota nas renovações de contrato. A crise mundial veio a calhar como uma desculpa perfeita para explicar o que já ocorria há anos: a estatal dá as cartas no clube. E alguém leva por fora.


Outros delitos:

Ressuscitou das cinzas Kleber Leite - notório megalômano notabilizado por aumentar a dívida rubro-negra em 286% no período 95-98 - para acabar o serviço iniciado em 95: a destruição o clube.

O clube perdeu, em 5 anos, a supremacia nacional de títulos brasileiros e o que ganhou em troca? A recuperação da sua saúde financeira e da capacidade de investimento, ao menos? Que nada. A instituição continua tão quebrada quanto em 2004. Alegam eles que a evolução de 2004 pra 2009 é evidente já que hoje o clube possui crédito na praça e pode emitir cheques. Poxa, estou orgulhoso!


Vexames homéricos e históricos:

Santo André - 0x2 em pleno Maracanã (Final da Copa do Brasil, 2004);
América-MEX - 0x3 em pleno Maracanã (Oitavas de Final, libertadores, 2008);
Atlético-MG - 0x3 em pleno Maracanã (29ª rodada, brasileirão 2008);
Goiás - 3x3 após estar vencendo por 3x0, valendo vaga para a libertadores (37ª rodada, brasileirão 2008);
Resende - 1x3 (Semifinal Taça Guanabara 2009)


Responsável por tão bonita administração:

Márcio Baroukel de Souza Braga

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dia de Glória


Meus compatriotas da nação tricolor, devo dizer que, ontem, vencemos. Vencemos um time fraquíssimo, que anda pela rabeira do campeonato carioca. Vencemos num estádio inóspito, cujos donos vêm demonstrando um espírito duvidoso. Vencemos com um elenco de alto nível, mas com atuações ainda um pouco aquém. E também vencemos as desconfianças – essas que nós mesmos construímos.

O Fluminense, meus caros, não conseguiu a classificação contra tudo e contra todos. Muito pelo contrário, nosso maior adversário fomos nós mesmos. Criamos, a cada partida mal jogada, empecilhos que delineavam um futuro perturbador. Perdemos pontos infantis, ocasionando um fim de turno típico para os tricolores – não é à toa que nosso presidente é cardiologista.

Hoje, fica evidente que merecemos a tão sonhada vaga nas semifinais da Taça Guanabara. É cristalina a nossa competência. Hoje, somos uma equipe com um técnico corajoso, uma defesa segura (que mal foi acionada pelo ataque adversário), um meio-campo sólido e um ataque, ainda que incompleto, que oferece muitas opções.

René Simões, tirando o Roger e posicionando dois jogadores velozes no epílogo de nossas jogadas, modificou completamente as feições do jogo. Thiago Neves esteve arrebatador – com alguns exageros, é claro. Assim, até Everton Santos, que não havia feito sequer uma apresentação digna da camisa, fez dois gols providenciais.

A classificação veio, meus amigos, independente do resultado que obtiverem nossos desatentos colegas da colina nos tribunais. Felizmente, posso dizer que os prognósticos são muito bons. Saudações tricolores!

Com Chave de Ouro

O Vasco encerrou hoje sua campanha na primeira fase do Camp. Carioca. Outra goleada pra ninguém botar defeito. Os amigos tricoletes choraram e conseguiram tirar 6 pontos nossos, os quais vamos recuperar terça-feira. Mas isso é assunto pro dia do julgamento.

Fato é que fizemos o melhor resultado do Grupo A, metendo 5 goleadas e botando confiança na torcida. O motivo dos nossos 7 últimos anos de crise, a defesa, agora foi a melhor do campeonato, levando apenas 4 gols. Obrigado Dorival.

Não posso deixar de destacar os nossos laterais, Paulo Sérgio e Ramon são exemplos de raça e determinação pro time inteiro e levam fácil o título de melhor lateral do Carioca até o momento.

O que nos falta é um bom atacante, Élton tem entrado e muitas vezes resolvido o jogo, mas Pimpão... esse eu já desisti faz 2 rodadas. A gota d'água foi o chute que ele deu na direção do gol, mas a bola foi pra trás. Adeus Pimpão! Seja Bem vindo de novo Alan Kardec. Confiar no nosso Boneco de Olinda agora é o que nos resta, já que voltou de viagem com a seleção Sub-20.

Mostramos que queremos o título, até nosso Gattuso brasileiro, Amaral, fez uma jogada INCRÍVEL(pro nível dele) e lançou a bola no pé do Élton(tá bom... Élton deu uma esticada), o que importa é que até Amaral tá dando assistência. Nosso Camisa 5 ainda vai fazer um gol daqueles que eu disse no último post.

É claro, não podia esquecer de falar da melhor contratação do Vasco, eleita com unanimidade na comunidade do Vascão, nosso Niltonglicerina é pura vontade dentro de campo, além de ser nosso artilheiro junto do Carlos Alberto. Nílton Show!

Que venha nossos amiguinhos botafoguenses que sempre tremem conta o Vascão.
Mas pra isso acontecer, justiça seja feita no TJD...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Sem Chororô


Botafoguenses de plantão, eu sei que poderia dizer que jogamos melhor, dominamos quase toda a partida, estávamos mais organizados e, ao menos no início, demonstramos mais técnica. Poderia dizer que estávamos desfalcados, sem nossos principais meia, atacante e zagueiro, ou ainda que, mais uma vez, o Coisa-Ruim jogou com o auxílio de uma arbitragem que invertia faltas, uma mais descarada que a outra.

Poderia falar sobre tudo isso se o Flamengo também não tivesse entrado com um time misto ou se também não tivesse dominado os 25 minutos finais – que para mim, e acho que para todos os alvinegros, mais pareceram uma eternidade.

Acontece, alvinegros, que o time é outro e a atitude não pode ser a mesma. Chega de desculpas e justificativas. Acabou a era do chororô. Está na hora de olharmos para os nossos próprios erros e assumi-los, em vez de jogar a culpa nas dificuldades pelas quais todos os times passam. Desfalques existem sempre, assim como erros de arbitragem.

Nossa postura nos prejudicou muito mais que o juiz, essa é a verdade. Começamos com o domínio total e depois entregamos os pontos. Entregamos pela covardia e a falta de controle. Depois de um primeiro tempo exemplar, o Ney resolveu não sei por que cargas d’água recuar o time. Onde já se viu recuar um time que ganha apenas de 1x0? Um time que é ofensivo por excelência e que, principalmente, não tem técnica nenhuma para jogar na retranca? A defesa é o nosso setor mais frágil. Estava escrito que, recuados, não agüentaríamos segurar esse resultado.

O Coisa-Ruim corrigiu o seu pior defeito em campo, um peso – literalmente – que atende pelo nome (?) de Obina. Em seu lugar entrou Josiel que deu um show de posicionamento e perigo para a nossa zaga. Depois disso, nós só decaímos, ficamos acovardados dentro do nosso campo e, quando conseguíamos um contra-ataque, não havia muitos jogadores com quem trabalhar a investida.

Não sei se foi pela dificuldade que temos em jogar na retranca ou se pelas presepadas do juiz, mas lá pela metade do segundo tempo perdemos a cabeça e era uma vez a técnica, o toque de bola, a organização e o domínio do jogo. Parecíamos uns peladeiros de fim de semana carregando a bola como podíamos, dando chutões desesperados para frente tentando refrear um novo Flamengo que se fez em campo.

O pênalti defendido por nossa Muralha Juvenil foi digno de nota, assim como toda a sua atuação. O comportamento do time no primeiro tempo também. Mostramos que temos potencial pra levar essa taça pra casa, enfrentando uma equipe série A num clássico cheio de rivalidade. Mas novamente fomos derrotados por nossa postura. É hora de dar um basta na molecagem, espantar o fantasma do desespero e nos portar como homens de verdade em campo, homens dignos de vestir a camisa da Estrela Solitária.

É claro que o gol do Coisa-Ruim no finalzinho foi um golpe, a garganta fechou e ninguém quis engolir o 1x1, mas não nos deixemos abalar! O jogo de hoje já é passado. Agora o que importa é o intervalo pra descansar e rever nossos erros. Depois é só pegar os Amiguinhos do Pó-de-Arroz na semifinal e correr pro abraço!

Saudações Alvinegras!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Vênus Platinada Ataca Novamente


Meus amigos rubro-negros sempre mui bem informados acerca das questões flamengas do dia-a-dia recordarão naturalmente da mais sórdida falcatrua da história da internet brasileira. Não, caríssimo rubro-negro. Não cito neste texto as habituais manipulações eleitorais, tampouco me refiro às adulterações de documentos para encobrir as participações da Venus Platinada no vergonhoso regime militar brasileiro. Não é nada disso. Trata-se de um charlatanismo engendrado e praticado covardemente pelo portal globoesporte.com há aproximadamente três anos.

O intuito inicial deste escrito é tão somente relembrar uma fraude lamentável ocorrida durante a Copa de 2006, e com isto, preparar o espírito dos senhores para a mais nova pilantragem que nos jogará na cara a Rede Globo de Televisão neste domingo.

Para melhor elucidar os fatos, links foram anexados ao texto para efeito ilustrativo.

Na ocasião, em Junho de 2006, o supracitado portal realizava uma pesquisa entre os leitores para escolher posição por posição os jogadores da “Seleção Brasileira de todos os tempos”. Funcionava da seguinte forma: o internauta tinha em cada posição três consagrados jogadores para escolher, conforme mostra o link acima. Uma tarefa, digamos, árdua para um profundo conhecedor da história do futebol brasileiro.

A enquete durou semanas, se a memória não me falha, pois para determinar o jogador que vestiria a camisa canarinho indicada para cada posição, demoravam-se dias no processo de votação online. Observem que, a seleção foi tomando forma aos poucos. Após Ronaldinho ser eleito o camisa 11 de todos os tempos, Eis que finalmente a camisa 10 da seleção é posta à baila na enquete. Veja nestes dois links, o anúncio da disputa pela camisa 10.

Zico recebeu votação esmagadora, e em todas as parciais a diferença se mostrava cada vez mais abissal. É claro que o portal globoesporte.com percebendo que Pelé seria clamorosamente derrotado por Zico na disputa pela camisa 10 – pois tinham a convicção de que Pelé ganharia com facilidade --, começou a apelar com inacreditáveis propagandas pró-pelé. Reparem que a matéria nos diz que Zico supera Pelé com o dobro da votação. Observem também que o discurso começa a mudar e a tão festejada disputa da “camisa 10” não é mais citada, o site passa a falar da “meia-esquerda” de todos os tempos. Era sem dúvida um prenúncio da crocodilagem que viria adiante.

Finalmente encerra-se a votação e, como todos esperavam, o Rei Arthur supera Pelé com impiedosos e esmagadores 79% (setenta e nove por cento) da preferência, o que lhe daria o inalienável direito à camisa de número 10, conforme foi divulgado durante a disputa.

A Torcida do Flamengo e os fãs do futebol de Zico foram imediatamente à página da enquete para confirmar a vitória e ver o nome Zico assinalado como vencedor da disputa pela camisa 10. E o que encontraram foi extremamente lamentável. Seguramente a maior sacanagem já produzida por esse portal de quinta. Eles tiveram a coragem de jogar da cara incrédula de milhões de torcedores este resultado.

Perceberam? Retiraram vergonhosamente o número 10 da disputa, e não satisfeitos, retiraram também o nome do Pelé da pesquisa. Ou seja, uma propaganda enganosa do site. Pois anunciaram durante todo o tempo a camisa 10 como prêmio, mas na hora da premiação deram a camisa 9 e retiraram despudoradamente o nome do seu “queridinho” que saíra derrotado na pesquisa. Uma atitude vergonhosa, nojenta, abjeta, digna da história das organizações globo.

Qual moral ou credibilidade tem esse site para usar Zico em suas enquetes após atitudes tão tacanhas e sujas?

Lembro-me que na época, cheguei a enviar um e-mail para o diário argentino Olé (já que eles amam o Pelé) explicando essa falcatrua detalhadamente. Em pouco menos de 2 horas, lá estava a notícia publicada no diário, tirando aquele tradicional sarro. E segundo a mesma nota do diário argentino, parece que receberam uma ligação do diretor do globoesporte.com “minimizando” o ocorrido. Foi a gota d’água. Infelizmente, os links originais das páginas foram retirados do ar.

O que me emputece nessa patacoada toda é que passados três anos após essa cafajestagem, o portal ainda tem a caradura de colocar o sacratíssimo nome de Zico numa nova enquete ainda mais insana. Uma pesquisa que mira a opinião de torcedores que, pela idade, só podem opininar sobre UM dos canditados, no caso, o argelino Zidane. Ou os senhores acham mesmo que a emissora seguirá essa linha comparativa entre jogadores de épocas diferentes e fará na próxima rodada uma disputa entre Maradora e seu queridinho Pelé? Evidente que não. A comparação Pelé x Maradona, no que diz respeito à épocas distintas, é similar à comparação Zico x Zidane. Mas é claro que a infinita falta de vergonha na cara daquela gente não permitirá que haja enquetes comparativas entre Pelé e Maradona, já que o negão levaria uma surra histórica do argentino, tal qual levou numa eleição recente da FIFA.

Creio ter esclarecido e ilustrado a falta de credibilidade e a existente associação entre globoesporte.com e charlatanismo em enquetes. Portanto, não estranhem se o resultado apontar uma vitória de Zidane. Trata-se de mais uma vigarice da Venus Platinada, que volta a atacar em busca da audiência a qualquer custo.

Ensaboa Mulato, Ensaboa!


Saudações aos Torcedores Gloriosos! Mais um adversário sucumbiu essa semana, alvinegros. O fraco Friburguense não foi páreo para nós, apenas outro carioquinha que tornou mais fácil a nossa tarefa de ir para as semifinais. Ney Franco disse, a imprensa confirmou, e essa foi nossa melhor partida pelo campeonato até então. Mais jogadores que o comum estiveram inspirados nessa noite e nem o temporal na serra pôde nos conter.

Fahel, que prova a cada dia o quanto merece essa vaga no pelotão de elite, marcou dois de cabeça, abriu o placar e depois fechou a primeira etapa com outro que mais pareceu uma reprise do primeiro – sempre com uma ajudinha do Magocruel. Reinaldo finalmente conseguiu deixar o seu após bela jogada de quem? Novamente ele! Maicosuel pela esquerda da grande área. No gol anterior, foi Reinaldo quem o serviu, mostrando que essa dupla tem um entrosamento que promete.

Maicosuel foi novamente o nome do jogo, assim como em sua partida de estréia pelo Glorioso e assim como nunca mais tinha aparecido em campo, tão objetivo e tão ensaboado. Participou dos cinco gols da partida, sendo dois assinados pelo próprio e deixou os narradores romperem em elogios. Pena que o mesmo Maicosuel, num lance infantil, foi agraciado com o cartão vermelho e está fora do embate contra o Coisa-Ruim.

O defeito dos 5x1 alvinegro foi a zaga, o fraco Emerson permitiu que o Friburguense empatasse quando ainda ganhávamos de 1x0, mas a verdade é que mesmo com três homens no setor, nenhum pode ser considerado um bom zagueiro de fato, e sempre sofremos com bolas aéreas. Ah, sim, teve também o Lucas Silva, que eu até agora tenho minhas dúvidas se esteve em campo. Alguém viu o rapaz por aí?
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Pois é, moçada, domingo é dia de clássico contra o Coisa-Ruim. É claro que a rivalidade ficou mais acirrada agora que ganhamos, eles empataram e o vencedor do embate fica com a liderança definitiva do grupo. Mas as recorrentes disputas no estadual nesses dois últimos anos deixaram o Bota x Fla com cara de maior clássico do Rio e o jogo tem tudo pra ferver. Técnicos trocados, será dia também de descobrir se os azarentos somos nós ou o seu Cuca. Como o Reinaldo deixou bem claro em seu pronunciamento pós-jogo, a torcida não tem comparecido, mas agora está todo mundo convocado. Vamos lotar o Maracanã, Gloriosos! E vamos fazer uma festa linda pra embalar o nosso Fogão nessa partida, que tem tudo pra ser vitória e eu conto com cada um de vocês lá!

Do Inferno aos Céus


Caríssimos compatriotas tricolores, lembro-me de ter visto, ainda outro dia, por ocasião do nosso esquecível jogo contra o Duque de Caxias, uma reportagem cujo título era algo como “Do céu ao inferno”. Devo dizer que, na noite de ontem, nosso camisa um fez o percurso inverso – agravando as emoções de torcedores e jogadores: sem querer, Fernando Henrique deu uma graça final ao jogo.

Ora, nosso início foi absurdamente arrebatador, como todo o time se portando muito bem. Um momento só: eu disse “todo o time”? Nisso entra um equívoco. Até agora o maior equívoco de René Simões: Roger. Já corrigimos o sério problema na lateral direita, colocando, naquela posição, um jogador de velocidade e coragem para atacar. Só restou o epicentro do problema. Ainda persiste, no nosso ataque, um jogador incapaz de realizar uma jogada simples. Que venha o Fred, porque senão...

O importante é que o time jogava bem, e por isso foi premiado com uma falta na entrada da área, na posição preferida de Thiago Neves (para terem uma idéia: não me lembro de vê-lo perder um gol daquela posição). O gol, inequivocamente, aconteceu. E continuamos a pressionar por uns bons trinta minutos – até o fim do primeiro tempo.

Na segunda etapa, contudo, quando o time deveria refletir as instruções proferidas pelo treinador no vestiário, o Fluminense passou a segunda marcha e tentou levar o jogo a banho maria. Veja bem: o placar mínimo nunca foi e jamais será uma margem segura para tal postura. No entanto, a equipe do Americano não oferecia muito perigo. O perigo estava nas mãos de Fernando Henrique, que fazia uma partida tranqüila.

Num momento de inexplicável insanidade, nosso goleiro, depois de afastar a bola da área, já caído, desferiu um golpe, com as mãos, no atacante adversário. Todos os torcedores, nesse instante, já portavam lanças, estacas e tochas para persegui-lo. Estupefatos com a situação, assistimos ao empate, incrédulos.

Não esperávamos que o lance de maior surpresa ainda viesse a seguir. Fernando Henrique avançou para a área adversária, já nos acréscimos, tentando a remissão. Foi assim que, após o escanteio, a bola sobrou nos pés de Mariano, que cruzou para Romeu dividir pelo alto. A bola voava, tranqüila, para uma bicicleta segura do jogador adversário, quando nosso arqueiro deu um salto como que para agarrar a bola – mas sem as mãos. A acrobacia do rival acabou acertando a dele: pênalti.

A bola havia sobrado no pé esquerdo de Conca, e, daí, foi para suas mãos; de suas mãos, deitou-se na marca da cobrança fatal, onde sofreu um duro golpe de fúria, indo morrer no fundo do gol. A partida terminava assim, longe do morno banho maria que vinha se desenhando. E o campeonato também: graças aos nossos descuidados colegas da colina.

Tricolores, meus amigos, me digam: vocês acreditam na classificação? Eu acredito.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Mais do Mesmo...

Acredito que até o mais cristão dos rubro-negros, ou mesmo o flamenguista membro do templo budista indiano Koickalethu, ficará ensandecido com as patifarias desse desorganizado time de Cuca. 

Se por um lado, Ronaldo Angelim, em 784 jogos pelo Flamengo e 2874 avanços pela lateral-esquerda, JAMAIS conseguiu acertar UM cruzamento digno de nota, por outro lado, o Fábio Luciano, em pouco menos de 100 partidas, avançou como lateral apenas UMA vez, no jogo passado, e fez um cruzamento digno de Leandro na Copa de 82, botando a bola na cabeça do Zé Roberto e foi caixa.  Pergunta: por que continuam a aturar Angelim e seus avanços? Não seria Fábio Luciano o zagueiro apropriado para ser tarado por avanços ao ataque pelas laterais? 

 Everton é um pobre coitado. Que me perdoem os paranaenses, do fundo do coração, mas vão pra puta que o pariu todos os que alcunharam esse moleque de craque. O problema é que não cheguei ao consenso se ele é burro, sem-sangue, imprudente, raquítico ou somente ruim de bola. É o único jogador no planeta que ao receber a pelota limpa, em condições claras para o cruzamento, prefere dar um toquezinho a mais nela dando ao defensor adversário condições para chegar e dividir. 

Agora, falemos do Everton que merece nota. O Silva. Que é melhor que o Leonardo Moura. Que me perdoem os amantes do moicano. "O Léo Moura é essencial", acaba de dizer Cuca, nesse exato momento, na entrevista coletiva. É claro que isso é uma piada. Ele não está falando sério. A míngua de laterais diretos no nosso futebol produz coisas como essa. Mas Léo Moura, hei de convir, é um exímio peladeiro. Aproveita exemplarmente a penúria nacional de laterais-direitos, e com suas surradíssimas balangadas de esqueleto pra lá e pra cá na frente dos seus frágeis marcadores cariocas (ele só faz isso no Cariocão), faz sua faminha escrota. Trata-se de um péssimo marcador. Jogador indiferente, sem-sangue, canela de vidro. Everton Silva mostrou que é mais eficiente, basta ver as vezes que o destemido novato roubou bolas na raça, avançou e cruzou com perigo.

Aqueles que pensaram "Ihh, quero ver o que ele dirá sobre a falha do Fábio Luciano. Há ha", se atropelaram completamente. Primeiro que falhou o Josiel que deveria antecipar e cortar a bola. Segundo que Fábio Luciano é tão sinistro, que mesmo nos jogos onde suas falhas incomuns acontecem (não foi falha dele, mas iriam crucificá-lo pelo gol), ele se manda ao ataque, mete o gol de empate e recoloca no marcador de crédito com a torcida a unidade perdida com a falha. No caso, o marcador está em +8457.

Valeu o teste pelo lateral Everton Silva, e por mais essa demonstração de espartanidade do capitão rubro-negro.

Quando o Placar engana...

Mesmo pressionando do minuto zero ao noventa, Vascão apenas empata.

Durante todo jogo apenas o Vasco mandou. E apesar da posse de bola, dos passes bonitos e dos infinitos cruzamentos, o gol não saiu. Mas é aí que tá o problema. Pra que tanto cruzamento, Paulo Sérgio corria feito uma criança, mas como não tem qualidade pra driblar e chegar a linha de fundo, sempre cruzava do início da grande área, com isso nem dava tempo para os atacantes chegarem.

O que faltou? Bola no chão. O time tem qualidade e habilidade, ficamos no segundo tempo, com Carlos Alberto, Jéferson, Benítez e Enrico, qualquer um deles poderia ter feito uma bela jogada resultando em um gol. Mas os caras não se soltam, tem medo de errar...

Não que tenha faltado chances, chances CLARAS até. Pimpão jogou pro alto na cara do gol, Enrico tinha 1% de chance de errar o gol e errou, e Ramon ainda deu uma incrível cabeçada pra fora, SEM GOLEIRO!

Pimpão decepcionou. Se muitos já não acreditavam nele, agora menos ainda. Não dominava uma bola, nem acertava um chute. Prometeu demais, cumprir nem tanto. Alan Kardec vem aí, te cuida Pimpão.

Se há um destaque em alguma posição no time até o momento, eu diria as Laterais.
Ramon e Paulo Sérgio compõe a lateral que não vemos há tempos. Se Wagner Diniz vai pegar banco no São Paulo, também pegaria banco pro Paulo Sérgio no Vasco.

Nílton, perfeito como sempre(tirando um cartão amarelo no finzinho).
Elton, realmente o jogo fica mais animado com esse cara.

O Vasco jogou muito, se acertar os chutes a gol, é Campeão!

Entre zaga, lateral, meio-campo e ataque, qual posição está melhor no Vasco?

A Base da Seleção Brasileira é Carioca

Em 2014, a seleção brasileira completará 100 anos. É de conhecimento popular que Rio de Janeiro é o estado da União com mais jogadores cedidos à seleção brasileira desde os primórdios. Também é de domínio público que o futebol carioca anda enfraquecido financeiramente após anos de bombardeios impiedosos praticados por administrações irresponsáveis, por ignóbeis como Edmundo dos Santos Silva, Kleber Leite, Eurico Miranda, David Fischel, Augusto Montenegro e, principalmente, por Eduardo Vianna, o asqueroso Caixa d’água.
Durante esta agradável tarde de terça-feira, enquanto do meu aconchegante sofá eu acompanhava o selecionado nacional currar o italiano, pensei o seguinte: ora, mesmo com semelhantes atrocidades cometidas -- que seriam suficientes para determinar estado de insolvência nos clubes -- o futebol da capital cultural do país permanece ostentando o status de maior prestador de serviços à seleção nacional. E com sobras, inclusive, em relação àquela gentalha do outro Rio... o Tietê.
Do time canarinho que estuprou os fascistas ontem, quatro rubro-negros figuraram entre os selecionáveis: Julião César, Juan, Felipe Melo e Adriano. O tricolor Marcelo completou o quinteto carioca. Todos revelados por clubes da eterna capital da república.
É claro que como rubro-negro, orgulha-me ver o nível de excelência em que atua o goleiro Júlio Cesar, que é seguramente o melhor goleiro do mundo na atualidade. Tivemos também o Juan, que é melhor zagueiro do mundo há pelo menos dois anos; o Adriano, que mal consegue correr, extremamente pesado e cheio de problemas pessoais na mente; e... Felipe Melo.
Comentei com um amigo, após o corretivo futebolístico aplicado pelos brasileiros, sobre a atuação de Felipe Melo na seleção. Quem diria que Felipe Melo chegaria um dia à seleção brasileira após o famoso episódio do Hotel Windsor, em 2002, na Barra da Tijuca, em que de maneira desequilibrada e portando uma faca a la Chucky, correu atrás de um torcedor após desentendimento, fato publicado em vários jornais à época. E mais que isso, que faria grande partida como titular num Brasil x Itália em Londres.
Ponderei, logo em seguida, que, na realidade, não chega a ser tão surpreendente o fato, visto que, até sujeitos extremamente condenáveis, com morte nas costas após acidentes automobilísticos, chegam à seleção nacional. Foi uma partida soberba do Felipe Melo, mas não supreendente para quem o acompanha no Calcio, atuando pela Fiorentina.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Um Empate, Nada Mais

Vasco líder contra Fluminense desesperado: um jogo morno sem muitas emoções.
O Vasco entrou em campo sem saber o que fazer, Pimpão e Jéferson praticamente não tocaram a bola. O time estava bagunçado e apenas quem tocava na bola eram Carlos Alberto, Ramon e Nilton. Pelo nosso lado não foi criada nenhuma grande chance de gol.

O Fluminense assustou mais vezes, porém eles não contavam com o salvador, Tiago, estragando a festa deles. Nosso "Goleirão" fez 3 grandes defesas e o 0x0 pro Vasco caiu perfeitamente. Já pro Flor... os caras agora precisam ganhar tudo e ainda torcer pra que Americano, Cabofriense e Duque de Caxias percam tudo.

Alex Teixeira foi expulso e Titi tomou 3 amarelos. 2 importantes desfalques, mas Élton vai ter sua oportunidade como titular e fará um bom trabalho. Gian, zagueiro ainda desconhecido pela torcida, espero que consiga substituir Titi a altura.

Thiago Neves? Não tomei conhecimento.
Leandro 1real? Quem é mesmo?

Nada mais a comentar, o jogo foi horrível, tudo deu errado e a gente tá a uma vitória da classificação.
Que venha o Cabofriense, que venha outro show!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Domingo Glorioso

Saudações aos Torcedores Gloriosos! Melhor não poderia ter sido esse domingo que convido vocês a dedicar a nossa Enciclopédia de todos os tempos.

O fim de tarde começou com uma singela homenagem ao nosso Nilton Santos. O presidente Maurício Assumpção entregou uma camisa comemorativa do ídolo, em modelo retrô de 1962, à sua esposa enquanto mensagens de agradecimento pelo estádio diziam em tom mais alto o que todos nós gostaríamos de dizer: Obrigado, Nilton Santos. O nosso ídolo não pôde estar presente devido a algumas complicações de saúde. Força, Niltão! Você nos verá erguer essa taça!

O jogo logo em seguida foi o que nós, Torcedores Gloriosos, precisávamos depois daquela noite que deve ser esquecida para acalmar os ânimos: um show alvinegro. Nesse embate que já teve nome de clássico, o Bangu saiu na frente, só pra complementar a máxima de que nada com a gente vem fácil. Mas tudo bem, foi só um susto.

E assustou mesmo, porque depois disso, por doze minutos nosso time esteve confuso em campo, mas conseguiu se resolver na raça, em uma cabeçada de Victor Simões após uma cobrança de escanteio de Maicosuel. Esse gol foi o despertador que precisávamos, foi como se o Victor batesse no peito e dissesse “Somos o Botafogo e essa é a nossa casa!”. Tudo mudou depois disso, o time se organizou em campo e partiu pra um jogo de verdade! A animação se refletiu nas arquibancadas e daí pra frente só foi festa.

Aos 28 minutos, o nosso, sem sombra de dúvidas mais raçudo jogador da temporada, acertou uma bomba de fora da área no canto esquerdo do pobre goleiro do Bangu. Completando o seu quinto gol no campeonato, é agora artilheiro junto ao Anselmo Ramon, do Cabofriense. E lá foi ele, Victor Simões, correr pra sua torcida. Por se aproximar das arquibancadas, foi punido com o cartão amarelo e está fora do próximo jogo. Aqui deixo minha indignação com essas regras imbecis que só estragam e minimizam a nossa festa. Futebol é isso mesmo, é emoção. A comemoração de um gol é um momento de purificação do jogador que deseja estar ao lado de sua torcida e tem todo direito a isso. Mil vezes façam o gol e mil vezes corram pra sua torcida e levantem a camisa! Sempre terão o meu apoio!

E se o domingo é de marcas, mais uma para a conta! Com bela jogada de Maicosuel pela direita, que cruzou rasteiro para o meio, Fahel só teve de mandar pra dentro para fazer esse que foi o centésimo gol do Botafogo no Engenhão. Aliás, o rapaz que esteve apagado no último jogo, teve excelente atuação e mais uma vez provou que merece ser titular. O fim de tarde foi também um show de desperdícios do atacante Reinaldo, que armou belas jogadas, recebeu em ótimas condições, mas não fez e saiu sem deixar o seu.

No segundo tempo o Bangu nos deu um susto ou outro. Mas foi Maicosuel que tocou de cobertura para Alessandro que fez de cabeça. Após isso, foi só administrar o resultado, 4x1. Lavamos a alma e aqui estamos nós, prontos para a próxima contra o Friburguense, na quinta-feira, e logo depois partiremos com tudo para cima do Coisa-Ruim! Já estou acreditando nesse título, alvinegros. O jogo de hoje foi de encher os olhos!


Agora é com você! Após comemoração próxima às arquibancadas da sua torcida, Victor Simões foi punido com o cartão amarelo e está fora do próximo jogo. O que você acha da proibição de deixar o campo após o gol e se aproximar da torcida? Deixe sua opinião através dos comentários!

Gordo Por Ti Curintcha

A Rede Globo de Televisão exibiu neste domingo (8/2/2009), em seu programa dominical Esporte Espetacular, uma matéria em que o público brasileiro é questionado sobre quem foi melhor: Romário ou Ronaldo. É indubitável que essa tão descabida comparação tem como objetivo principal o amaciamento egolátrico da pisoteada e recém-rebaixada gentalha do Parque São Jorge que se vangloria por ter em seu time o comedor de travecos mais famoso do país. Não resta a menor dúvida quanto a isso. A Rede Globo, que vem falhando consecutivamente ao longo dos anos na estúpida tentativa de alçar o rebaixado clubeco paulista a um patamar no qual jamais mereceu estar, pelo visto, não pretende cessar as tentativas.

Tenho lido pela internet manifestações indignadas de torcedores - rubro-negros e de outras agremiações - a respeito de mais esse despautério concebido pela Vênus Platinada, o que me encorajou a colocar mais algumas questões além das que foram discutidas ao longo da semana. Vejamos: 

1.    Alguém já viu Romário se apaixonar tolamente e despender milhões de dólares em casamentos com piranhas rampeiras de quinquagésima categoria como a tal Cicarelli? 

2.    Já viram o filho do saudoso Seu Edevair ter crises convulsivas e cagar mole nas calças às vésperas de uma final de Copa do Mundo? 

3.    Por acaso lembram-se do crioulo marrento do Jacarezinho comer e ser extorquido por travestis?

4.    Lembram de ligações mais íntimas entre o Baixinho e os suspetíssimos Luciano Huck, Bruno De Luca e Galvão Bueno? 

Evidentemente que não. 

5.   Já viram Ronaldo fazer uma partida histórica pela seleção similar à de Romário no épico Brasil x Uruguai nas eliminatórias de 94? Ou uma que ao menos se aproxime? Jamais. 

6.    Os senhores já viram o amante da Andréia renunciar os milhões de dólares do Barcelona para voltar à pátria e jogar pelo clube do coração?
 

7.   Já viram o dentuço nascido em Sento Ribeiro demonstrar peito e culhão para encarar seus truculentos e selvagens perseguidores campais, tal qual fez o pai de Ivy ao comer (ou beber) Cafezinho na porrada em 97? Nunca. 

8.    O caríssimo leitor já presenciou Ronaldo carregar sozinho nas costas um time composto pelos inesquecíveis Márcio Santos, Dunga, Zinho, Mazinho e com valorosos suplentes do quilate de um Viola, Paulo Sérgio e Ronaldão? Evidente que não. 

Enterra-se aí qualquer debate. Não há embasamento fático ou plausível para tão descabida comparação. 

Romário é o melhor e mais completo centroavante da história.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O Time Continua Devendo

Mais uma atuação sem-vergonha, tecnicamente ridícula, reprovável sob diversos aspectos, e com apresentação canhestra do lateral Leonardo Moura. O primeiro tempo foi fraquíssimo, mas estava dentro da normalidade. Afinal, esse time está sendo uma nulidade completa nos primeiros 45 minutos. Até aí beleza. Agora, o desinteresse com que o time voltou, como se o 1x1 representasse um resultado digno de aceitação ou aprovação pela exigente Torcida do Flamengo, foi o que me deixou profundamente puto. A preguiça e o desleixo eram tão flagrantes (com erros inacreditáveis de passe) que em determinado momento me certifiquei de que conseguiríamos no máximo um insignificante empate, isso se o Macaé não fizesse o segundo.

Pra sorte de todos, aos 43 minutos, Fábio Luciano executa um cruzamento digno de Leandro na Copa de 82, e Zé Roberto - que rendeu abaixo do esperado  - mete o gol da vitória de cabeça. Foi realmente sofrível. 

Willians errou UMA vez no jogo. Foi no primeiro tempo, quando chegou excessivamente forte no adversário, dentro da área, e fez o pênalti. Exceto isso, foi novamente o melhor em campo. Partida perfeita. E Jônatas novamente entrou bem, boa partida. Por que não começar com Jônatas? Que está esperando o Cuca para barrar o inominável Obina? Onde está o Vandinho? ??? ???    ???

Há coisas nesse mundo que escapam totalmente à compreensão humana. São fenômenos não passíveis de explicações, que causam perplexidade a quem vê e que nem Levy-Strauss explicaria numa de suas mais famosas obras.  Das coisas inexplicáveis do mundo, duas causam-me extrema inquietação: uma é o fato de um marmanjo barbado não apreciar uma imberbe boceta; e a outra evidentemente é como Obina conseguiu se tornar um jogador de futebol profissional. São questionamentos sobre os quais infelizmente jamais obteremos respostas.

O Flamengo está classificado para a semifinal da Taça Guanabara. Mas o time continua devendo bastante.


SRN

Prestes a Derrubar a Colina


Olha, nesse jogo de domingo, caríssimos tricolores, podemos encarar dois riscos: (1) jogamos sem Thiago Neves entre os titulares e (2) entramos com nosso calango em campo. Nas duas situações, os riscos são altíssimos; mas, devo alertá-los, a equipe da colina não mete medo.

O Vasco tem uma defesa bisonha, um meio-campo desequilibrado e um ataque muito fraquinho. Os únicos pontos fortes são o goleiro e o meia-armador – por sinal, cria nossa que desandou por muitos clubes. E não venham me importunar os vascaínos falando de Rodrigo Pimpão! Deus que me perdoe...

Em vista disso, posso dizer que estamos um pouco – prestem atenção: “um pouco” – à frente dos coitados de São Januário.

Há outra questão, aliás. Temos uma longa história construída em cima da equipe cruz-maltina. A eles devemos nosso campeonato brasileiro (considerando aqueles pós-70), se vocês bem se lembram. Mas, nos últimos anos, apesar de montarem equipes infinitamente inferiores, nós é que, estranhamente, sucumbimos no embates diretos.

Dessa vez a história não pode se repetir. Nós, tricolores, vemos a cada dia a Taça Guanabara com maior distância. Porém, ainda resta uma boa quantidade de gana para vencer nossos colegas da colina.

Não nos decepcione, Fluminense.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Coisas que acontecem com o Fluminense


Há algum tempo vem soando o conhecido bordão dizendo que “tem coisas que só acontecem com o Botafogo”. Olha, meu amigos tricolores, parece que a situação vem se revertendo, ou melhor, se alastrando da cachorrada até as Laranjeiras feito uma praga.

Ontem, naquele campo terrivelmente encharcado (coisa que prejudica as duas equipes), o Fluminense mostrou, mais uma vez, sua condição de equipe amorfa. Os pontos negativos foram os mesmos de sempre: as laterais e o ataque – dessa vez Wellington Monteiro pôde contar com uma atuação pífia, a seu nível portanto, de Leandro.

Nem Leandro Bomfim jogava bem, a propósito. Leandro Amaral se movimentou melhor que nas outras partidas, mas, novamente, tínhamos Darío Conca com a responsabilidade de armar todas as jogadas do time. Esse papel, meus caros, vai ser dividido, felizmente, com nosso Thiago Neves, e a coisa tende a melhorar. Não podemos, contudo, esperar mundos e fundos de nosso futuro e ex-camisa 10.

Sobre os gols, devo dizer: na primeira etapa, Roger, inacreditavelmente, fez dois, bem feios (um em posição duvidosa, diga-se de passagem); e os três da virada do Duque de Caxias vieram no segundo tempo, foi uma coisa insólita. Repentinamente, o Fluminense pára de acertar e é alvejado. Acalmem-se, meu caros, eis a explicação: saiu Darío Conca.

René, dessa vez, surpreendeu com alterações estranhíssimas – sobretudo por manter vocês-sabem-quem. Mas eu gostaria de comentar outra coisa, dessa vez em relação à imprensa esportiva. Ontem ao abrir minha página inicial, dei com uma manchete que dizia: “Thiago Neves diz que voltar ao Fluminense é dar um passo atrás na carreira”. Eu, achando a situação incoerente com as últimas declarações do nosso aclamado calango, fui conferir mais de perto – indo além dos costumeiros leitores, que aceitam as manchetes e vão logo para o Orkut.

O texto, de um blog associado ao sítio principal, incrivelmente acordava com as notas da manchete. Ainda bem que havia um vídeo da entrevista: foi então que entendi tudo. Minha gente, nosso jovem jogador foi questionado sobre voltar ao Brasil tão cedo, com apenas 23 anos, e, singelamente, respondeu que às vezes é preciso dar um passo atrás para dar dois à frente. Ei, oposição, me poupe.

O Dia Em Que Nada Deu Certo


Você pode escolher o setor. Se quer a zaga, ela entrou aparentemente bem armada com três fulanos que não fizeram absolutamente nada quando, num cruzamento direto pra nossa área, um sicrano inimigo, impedido, fez o seu gol, o segundo do Volta Redonda, a virada e, para completar, um frango da nossa Muralha Juvenil, que parece nem ter visto a bola.

Está bem, você quer falar do ataque! E eu perguntarei: Que ataque? A marcação do Voltinha pelo meio estava acirrada, a comunicação do nosso ataque com o meio-campo quase não acontecia e os nossos finalizadores ficaram isolados. Houve momentos em que conseguimos chegar ao gol e... Tocamos para o lado. Covardemente. E não foi só uma vez.

Então vamos falar sobre o meio: Volantes burocráticos fizeram estritamente o que são pagos para fazer: entraram em campo, e só. Fahel, que eu disse merecer uma chance como titular na postagem passada, simplesmente não fez nada nessa partida. O Túlio Souza é um ogro violento que não deu certo no Botafogo, definitivamente, e acho que ele deveria parar de insistir. O Maicosuel, coitado, foi totalmente anulado pela forte marcação. E os nossos laterais quase não foram utilizados. Quando Thiguinho conseguia alguma jogada pela esquerda, não tinha com quem tabelar. O Alessandro sequer tocava na bola, e quando tocou errou passes ridículos que sua avó entrevada poderia ter feito melhor.

Quando Túlio Souza saiu para dar lugar ao Jean Carioca, as coisas melhoraram para nós, o rapaz entrou com vontade e trabalhou com o Alessandro as bolas que antes não chegavam nele. A substituição do zagueiro Emerson, uma nulidade, por Eduardo também foi boa. Com o Fahel mais recuado e o Thiguinho no meio, Eduardo assumiu a lateral. Foi simplesmente usar das laterais, um ‘segredo’ óbvio, que ajudou o time a fugir da marcação. Infelizmente o ataque não refletiu a melhora do intermédio, o time já estava psicologicamente afetado e era tarde demais.

Um em um milhão, Victor Simões se mostrou o único jogador decente em campo ontem. O destaque da noite, o único. Um soldado relutante que não se entregou em nenhum momento. Mas como dizem por aí a história da andorinha solitária que não faz verão, foi o Victor Simões em meio aquele bando de derrotados. Não pôde reverter o placar sozinho. 2x1 para o Volta Redonda, de virada, na nossa casa. Noite para ser esquecida, processo para ser engavetado. Isso não é o Botafogo.