sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Do Inferno aos Céus


Caríssimos compatriotas tricolores, lembro-me de ter visto, ainda outro dia, por ocasião do nosso esquecível jogo contra o Duque de Caxias, uma reportagem cujo título era algo como “Do céu ao inferno”. Devo dizer que, na noite de ontem, nosso camisa um fez o percurso inverso – agravando as emoções de torcedores e jogadores: sem querer, Fernando Henrique deu uma graça final ao jogo.

Ora, nosso início foi absurdamente arrebatador, como todo o time se portando muito bem. Um momento só: eu disse “todo o time”? Nisso entra um equívoco. Até agora o maior equívoco de René Simões: Roger. Já corrigimos o sério problema na lateral direita, colocando, naquela posição, um jogador de velocidade e coragem para atacar. Só restou o epicentro do problema. Ainda persiste, no nosso ataque, um jogador incapaz de realizar uma jogada simples. Que venha o Fred, porque senão...

O importante é que o time jogava bem, e por isso foi premiado com uma falta na entrada da área, na posição preferida de Thiago Neves (para terem uma idéia: não me lembro de vê-lo perder um gol daquela posição). O gol, inequivocamente, aconteceu. E continuamos a pressionar por uns bons trinta minutos – até o fim do primeiro tempo.

Na segunda etapa, contudo, quando o time deveria refletir as instruções proferidas pelo treinador no vestiário, o Fluminense passou a segunda marcha e tentou levar o jogo a banho maria. Veja bem: o placar mínimo nunca foi e jamais será uma margem segura para tal postura. No entanto, a equipe do Americano não oferecia muito perigo. O perigo estava nas mãos de Fernando Henrique, que fazia uma partida tranqüila.

Num momento de inexplicável insanidade, nosso goleiro, depois de afastar a bola da área, já caído, desferiu um golpe, com as mãos, no atacante adversário. Todos os torcedores, nesse instante, já portavam lanças, estacas e tochas para persegui-lo. Estupefatos com a situação, assistimos ao empate, incrédulos.

Não esperávamos que o lance de maior surpresa ainda viesse a seguir. Fernando Henrique avançou para a área adversária, já nos acréscimos, tentando a remissão. Foi assim que, após o escanteio, a bola sobrou nos pés de Mariano, que cruzou para Romeu dividir pelo alto. A bola voava, tranqüila, para uma bicicleta segura do jogador adversário, quando nosso arqueiro deu um salto como que para agarrar a bola – mas sem as mãos. A acrobacia do rival acabou acertando a dele: pênalti.

A bola havia sobrado no pé esquerdo de Conca, e, daí, foi para suas mãos; de suas mãos, deitou-se na marca da cobrança fatal, onde sofreu um duro golpe de fúria, indo morrer no fundo do gol. A partida terminava assim, longe do morno banho maria que vinha se desenhando. E o campeonato também: graças aos nossos descuidados colegas da colina.

Tricolores, meus amigos, me digam: vocês acreditam na classificação? Eu acredito.

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse jogo, foi O Jogo!

Mas não vamos ficar tão eufóricos assim, afinal deveriamos ter ganho na segurança, e não na sorte.

Apesar do final arrebatador eu preferiria o mesmo um gol de diferença mas sem os msmos danos cardíacos.

Rumo à classificação, e que venha o Fred!

Raisler Zape disse...

Tentando arrancar os pontos do Vasco facilita né?
Mas não precisam ficar eufóricos, o Vasco vai recuperar os pontos e aí vocês tão fora. :D

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